O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender, nesta sexta-feira (21/6), a exploração de petróleo na Margem Equatorial. O chefe do Executivo disse, porém, que é preciso fazer a medição da área e confirmar se há riqueza e qual a quantidade a ser explorada.
"Vamos explorar a margem. Por enquanto não é explorar, queremos fazer uma medição para saber se tem e qual a quantidade de riqueza que tem lá embaixo. E, se tiver, temos a Petrobras, a empresa de maior competência tecnológica para explorar petróleo em águas profundas", disse em entrevista à rádio Mirante News, em São Luís.
O petista defendeu ainda que a Petrobras possui competência tecnológica para explorar petróleo em águas profundas e admitiu novamente que a medida vai na contramão da transição energética.
"Não teve um incidente da Petrobras na exploração do pré-sal. São 575 quilômetros da margem da Amazônia, então nós vamos ter o cuidado que temos que ter. Nós vamos estudar nosso pré-sal na Margem Equatorial, pode ter certeza que vamos estudar isso".
"E se tiver, nós temos uma coisa que é o seguinte: a nossa Petrobras é uma empresa de maior competência tecnológica para explorar petróleo em águas profundas", acrescentou.
Lula alegou também que a área não está perto da Amazônia. "Agora, quando você fala da Margem Equatorial, o pessoal fala: ‘mas é perto da Amazônia’. É o seguinte: é a 575 km da margem do Amazonas. Ou seja, uma distância enorme e a gente vai fazer isso, primeiro certificar como vai explorar e quais são os cuidados que nós temos que ter", concluiu.
A exploração de petróleo na região da Margem Equatorial próxima à Foz do Rio Amazonas, no Amapá, não foi autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que exige uma série de regras para evitar um desastre no bioma.