O desemprego estava em 7,8% nos três meses encerrados em fevereiro deste ano, que servem como intervalo de comparação
 -  (crédito:  Gil Leonardi/Imprensa MG)

O desemprego estava em 7,8% nos três meses encerrados em fevereiro deste ano, que servem como intervalo de comparação

crédito: Gil Leonardi/Imprensa MG

A taxa de desemprego do Brasil recuou a 7,1% no trimestre encerrado em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Com o resultado, o indicador retornou ao menor nível para esse período na série histórica, registrado em 2014 (7,1%). A série histórica começou em 2012.

 

 

 

 

O desemprego estava em 7,8% nos três meses encerrados em fevereiro deste ano, que servem como intervalo de comparação.

 

 

O indicador de 7,1% veio abaixo da mediana esperada pelo mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam desocupação em 7,3% no período mais recente.

 

 

 

 

O número de desempregados foi estimado pelo IBGE em 7,8 milhões até maio. O contingente estava em 8,5 milhões nos três meses imediatamente anteriores.

 

 

A população desempregada reúne pessoas de 14 anos ou mais que estão sem ocupação e que seguem à procura de oportunidades. Quem não está buscando vagas, mesmo sem ter emprego, não faz parte desse grupo nas estatísticas oficiais.

 

 

 

 

Os dados do IBGE integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que abrange atividades formais e informais. Ou seja, o levantamento contempla desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

 

 

Após a crise da pandemia, o mercado de trabalho mostrou retomada no Brasil, com abertura de vagas e aumento da renda média. Analistas ainda veem um cenário positivo para 2024, mas com alguma perda de ritmo ante 2023.

 

 

 

 

Segundo eles, a força do mercado de trabalho desafia a desaceleração da inflação, especialmente de serviços. Com a expansão dos salários, há possibilidade de consumo maior, o que em tese pode pressionar os preços.

 

 

Em meio a revisões para cima nas expectativas de inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária), ligado ao BC (Banco Central), interrompeu o ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, na semana passada.

 

 

 

 

A taxa foi mantida em 10,5% ao ano. Quando a Selic está em um patamar mais elevado, tenta esfriar a demanda por bens e serviços e, assim, conter a inflação.

 

 

A taxa de desemprego já havia marcado 7,5% no trimestre móvel encerrado em abril. O dado, contudo, integra outra série da Pnad. O IBGE costuma comparar trimestres que não tenham meses repetidos, como é o caso dos finalizados em maio e fevereiro.