CEO do GrupoSupernosso Euler Fuad Nejm é o entrevistado pelo jornalista Benny Cohen no 'EM Minas' -  (crédito: Leandro Couri/DM/D.A Press)

CEO do GrupoSupernosso Euler Fuad Nejm é o entrevistado pelo jornalista Benny Cohen no 'EM Minas'

crédito: Leandro Couri/DM/D.A Press

O CEO do Grupo Supernosso, Euler Fuad Nejm, lamentou a alta taxa de juros praticada no Brasil, atualmente de 10,50%, e afirmou que ela atrapalha o setor, mas reconheceu o trabalho do Governo Federal em buscar melhorar o cenário atual. A entrevista completa vai ao ar neste sábado (29/6), às 19h20, na TV Alterosa e no canal do YouTube do Portal Uai e também será publicada na íntegra na edição de domingo (30/6) do Estado de Minas.

 

 

"A taxa vem baixando, mas não a ponto de movimentar tanto a economia. No nosso setor, que as margens de lucros são muito estreitas, a distância entre o lucro e o prejuízo é mínima. O custo do dinheiro sendo alto não permite erros. Temos que ser uma gestão bastante enxuta, efetiva, porque não pode faltar produto em gôndola", disse o empresário do ramo varejista. Ela afirmou que, para o setor, o ideal seria uma taxa básica de juros de 4% fora a inflação.

 

 

Uma reunião dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), no dia 19 de junho, decidiu pela manutenção da taxa básica de juros, após uma sequência de quedas ocorridas desde 2023.

 

O decisão desagradou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem, desde o início do seu terceiro mandato, se queixando da gestão de Campos Neto à frente do banco. O petista chegou a falar que o comportamento do BC é a "única coisa desajustada" na economia do Brasil. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou o economista Campos Neto para a presidência do banco no fim de 2018, assumindo o cargo no início de 2019.

 

Nejm reconhece o trabalho dos membros do Ministério da Fazenda, mas demonstrou preocupação com efeitos colaterais que algumas falas descuidadas podem ter no dólar e em como isso pode afetar a médio e longo prazo os preços.

 

 

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"Nós dependemos de muitas commodities agrícolas, principalmente. Tudo tem preço de dólar para vender, preço de dólar no mercado e na indústria; as multinacionais, de modo geral, têm que reportar em moeda forte. Acaba que isso tudo pode, no médio, longo prazo, alterar os preços", analisou.

 

Euler Fuad Nejm também falou sobre os rumores de falência e demissão em massa da empresa, os impactos das enchentes que destruíram o Rio Grande do Sul no setor e a robotização das unidades ao longo dos próximos anos.

 

Onde assistir


O "Em Minas" é uma parceria entre a TV Alterosa, o jornal Estado de Minas e o Portal Uai. O programa vai ao ar aos sábados, a partir das 19h20, simultaneamente na televisão e no Youtube (youtube.com/portaluai). A versão online tem um terceiro bloco exclusivo.


O Estado de Minas publica o conteúdo da entrevista com o CEO do Grupo Supernosso, Euler Fuad Nejm, em textos no portal (em.com.br) e no jornal impresso de domingo (30/6).