PIB

Economia mineira cresce 2,9% no primeiro trimestre de 2024

PIB de minas teve expansão maior do que a média nacional na comparação com o início de 2023; Indústria foi o setor que mais cresceu, agro que mais retraiu

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O bom desempenho da indústria no primeiro trimestre de 2024 impulsionou o crescimento de 2,9% da economia mineira, em relação ao mesmo período do ano passado, superior à média nacional de 2,5%. O levantamento da Fundação João Pinheiro (FJP), entidade ligada à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, divulgado nesta segunda-feira (1/7), mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais somou R$ 253,8 bilhões nos primeiros três meses, contra R$ 240,8 bilhões do mesmo intervalo do ano anterior.

Os dados mostram que a indústria teve um desempenho nominal de R$ 66,6 bilhões no trimestre (3,9%). Os segmentos que mais cresceram foram a indústria de utilidades públicas - energia e saneamento - com variação positiva de 10,4%, levado pela geração de energia fotovoltaica, e a indústria extrativa (7,2%).

Segundo dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), que trabalha o setor por meio do projeto ‘Sol Minas’, em abril o estado atingiu 8 Gigawatt (GW) de geração solar, com uma capacidade de abastecer 5,2 milhões de residências. Já de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a capacidade instalada corresponde a 71,27% da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a maior do Brasil, e significa 1/5 de toda energia solar produzida no Brasil.

“O incentivo à atração de investimentos para produção de uma energia limpa, sustentável, é fundamental não apenas pelo nosso projeto de desenvolvimento responsável, como, em outra ponta, contribui para a melhoria na qualidade de vida da população por meio dos empregos criados”, disse o secretário Fernando Passalio.

Para o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), João Gabriel Pio, o investimento do governo estadual na geração de energia solar é positivo, mas os investimentos nas hidrelétricas são cruciais para o abastecimento do setor.

"As hidrelétricas são uma fonte essencial de energia renovável que oferecem uma produção estável e confiável de eletricidade. Para isso, a Fiemg tem conduzido iniciativas para promover a construção e modernização de hidrelétricas, visando aumentar a capacidade instalada e garantir um suprimento energético sustentável e resiliente para o futuro”, frisou.

O economista ainda ressaltou a produção de minério de ferro e o bom desempenho operacional das plantas produtivas para o destaque das indústrias extrativas. João Pio também citou uma melhora na Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). “A arrecadação somou R$ 884,5 milhões, um crescimento de 33% em relação ao primeiro trimestre de 2023”, disse.

Em relação ao último trimestre de 2023 (outubro, novembro e dezembro), o início do ano da economia mineira teve um crescimento modesto de 0,5%, sendo que a indústria foi o único setor com variação positiva (2,4%) com destaque para o crescimento de 6,7% da indústria extrativa. Nesta base de comparação, o PIB nacional cresceu mais do que o mineiro, com variação positiva de 0,8%.

A expectativa da FJP para o restante do ano é de uma estabilização no ritmo de crescimento econômico, com o aspecto negativo relacionado às previsões de queda na produtividade do setor agrícola, devido às condições climáticas. Contudo, o economista da Fiemg ainda estima um crescimento bom para a indústria, principalmente devido à retomada de obras públicas e das novas unidades habitacionais do ‘Minha Casa, Minha Vida’.

“A indústria deve manter um bom ritmo de crescimento, com recuperação no segmento da construção e novos avanços no setor extrativo, ainda que menos expressivos do que em 2023. Adicionalmente, o mercado de trabalho aquecido e as transferências de renda em níveis historicamente elevados continuarão estimulando o consumo das famílias por bens e serviços. Nesse contexto, projetamos um crescimento de 2,1% do PIB de Minas Gerais em 2024”, completou.

Agricultura e serviços

Nos últimos 12 meses a agropecuária mineira acumulou um crescimento de 10,5%, porém, ao ser comparado o primeiro trimestre de 2024 com o primeiro de 2023 houve uma queda na produtividade de -4,6%. O setor contabilizou R$ 15,3 bilhões para o PIB mineiro, sendo prejudicado pelo volume reduzido de chuvas em janeiro e fevereiro, meses tradicionalmente chuvosos no estado.

A FJP ainda destaca que como a produção agrícola não tem uma distribuição uniforme ao longo do ano, o desempenho é influenciado pelas lavouras. O primeiro trimestre do ano teve uma retração de -1,2% em relação ao último de 2023, uma vez que o peso da safra de cana-de-açúcar é substituído pelo maior peso da safra de soja e milho. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos deve ser 7% menor do que na última colheita.

O principal setor da economia mineira, os serviços tiveram um crescimento de 2,5% na base de comparação dos primeiros trimestres. O segmento que responde pelo comércio, transporte, administração pública e outros serviços, como saúde e educação, teve um desempenho nominal de R$ 141,2 bilhões, - 0,1% em relação ao final do ano passado, e cerca de 2/3 do total do PIB estadual.

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Economia mineira cresce 2,9% no primeiro trimestre de 2024

PIB de minas teve expansão maior do que a média nacional na comparação com o início de 2023; Indústria foi o setor que mais cresceu, agro que mais retraiu

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O bom desempenho da indústria no primeiro trimestre de 2024 impulsionou o crescimento de 2,9% da economia mineira, em relação ao mesmo período do ano passado, superior à média nacional de 2,5%. O levantamento da Fundação João Pinheiro (FJP), entidade ligada à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, divulgado nesta segunda-feira (1/7), mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais somou R$ 253,8 bilhões nos primeiros três meses, contra R$ 240,8 bilhões do mesmo intervalo do ano anterior.

Os dados mostram que a indústria teve um desempenho nominal de R$ 66,6 bilhões no trimestre (3,9%). Os segmentos que mais cresceram foram a indústria de utilidades públicas - energia e saneamento - com variação positiva de 10,4%, levado pela geração de energia fotovoltaica, e a indústria extrativa (7,2%).

Segundo dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), que trabalha o setor por meio do projeto ‘Sol Minas’, em abril o estado atingiu 8 Gigawatt (GW) de geração solar, com uma capacidade de abastecer 5,2 milhões de residências. Já de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a capacidade instalada corresponde a 71,27% da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a maior do Brasil, e significa 1/5 de toda energia solar produzida no Brasil.

“O incentivo à atração de investimentos para produção de uma energia limpa, sustentável, é fundamental não apenas pelo nosso projeto de desenvolvimento responsável, como, em outra ponta, contribui para a melhoria na qualidade de vida da população por meio dos empregos criados”, disse o secretário Fernando Passalio.

Para o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), João Gabriel Pio, o investimento do governo estadual na geração de energia solar é positivo, mas os investimentos nas hidrelétricas são cruciais para o abastecimento do setor.

"As hidrelétricas são uma fonte essencial de energia renovável que oferecem uma produção estável e confiável de eletricidade. Para isso, a Fiemg tem conduzido iniciativas para promover a construção e modernização de hidrelétricas, visando aumentar a capacidade instalada e garantir um suprimento energético sustentável e resiliente para o futuro”, frisou.

O economista ainda ressaltou a produção de minério de ferro e o bom desempenho operacional das plantas produtivas para o destaque das indústrias extrativas. João Pio também citou uma melhora na Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). “A arrecadação somou R$ 884,5 milhões, um crescimento de 33% em relação ao primeiro trimestre de 2023”, disse.

Em relação ao último trimestre de 2023 (outubro, novembro e dezembro), o início do ano da economia mineira teve um crescimento modesto de 0,5%, sendo que a indústria foi o único setor com variação positiva (2,4%) com destaque para o crescimento de 6,7% da indústria extrativa. Nesta base de comparação, o PIB nacional cresceu mais do que o mineiro, com variação positiva de 0,8%.

A expectativa da FJP para o restante do ano é de uma estabilização no ritmo de crescimento econômico, com o aspecto negativo relacionado às previsões de queda na produtividade do setor agrícola, devido às condições climáticas. Contudo, o economista da Fiemg ainda estima um crescimento bom para a indústria, principalmente devido à retomada de obras públicas e das novas unidades habitacionais do ‘Minha Casa, Minha Vida’.

“A indústria deve manter um bom ritmo de crescimento, com recuperação no segmento da construção e novos avanços no setor extrativo, ainda que menos expressivos do que em 2023. Adicionalmente, o mercado de trabalho aquecido e as transferências de renda em níveis historicamente elevados continuarão estimulando o consumo das famílias por bens e serviços. Nesse contexto, projetamos um crescimento de 2,1% do PIB de Minas Gerais em 2024”, completou.

Agricultura e serviços

Nos últimos 12 meses a agropecuária mineira acumulou um crescimento de 10,5%, porém, ao ser comparado o primeiro trimestre de 2024 com o primeiro de 2023 houve uma queda na produtividade de -4,6%. O setor contabilizou R$ 15,3 bilhões para o PIB mineiro, sendo prejudicado pelo volume reduzido de chuvas em janeiro e fevereiro, meses tradicionalmente chuvosos no estado.

A FJP ainda destaca que como a produção agrícola não tem uma distribuição uniforme ao longo do ano, o desempenho é influenciado pelas lavouras. O primeiro trimestre do ano teve uma retração de -1,2% em relação ao último de 2023, uma vez que o peso da safra de cana-de-açúcar é substituído pelo maior peso da safra de soja e milho. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos deve ser 7% menor do que na última colheita.

O principal setor da economia mineira, os serviços tiveram um crescimento de 2,5% na base de comparação dos primeiros trimestres. O segmento que responde pelo comércio, transporte, administração pública e outros serviços, como saúde e educação, teve um desempenho nominal de R$ 141,2 bilhões, - 0,1% em relação ao final do ano passado, e cerca de 2/3 do total do PIB estadual.

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