Cinco erros financeiros comuns para se evitar
O percentual de brasileiros endividados esteve em 78,8% em maio e junho deste ano
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Siga noO número de brasileiros endividados segue estável, porém ainda é alto. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), maio e junho de 2024 se assemelham a novembro de 2022, com 78,8% da população se enquadrando nessa situação. Os meses anteriores apresentaram 78,1% (março) e 78,5% (abril).
A pesquisa não engloba pagamentos atrasados, mas dívidas de cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa. A Conferência Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC) ainda aponta que, mesmo com o resultado otimista, o endividamento deve permanecer no segundo semestre.
Economista da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia e membro efetivo do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais, Gelton Coelho afirmou que os endividamentos não têm sido com itens supérfluos, mas de sobrevivência. Dessa forma, o Estado de Minas listou cinco erros comuns da vida financeira para se evitar a fim de ajudar na organização do dinheiro e minimizar esse cenário. Confira abaixo.
1- Registro de gastos
Anotar as despesas fixas e, essencialmente, não fixas pode resultar em um melhor controle financeiro. Conforme o economista, uma organização desse tipo pode fazer com que compras não tão necessárias sejam facilmente visualizadas e selecionadas. “Muitas vezes, as pessoas não têm noção de quanto estão gastando. Anotar esses gastos pode ajudar na noção de valores por mês e ano".
2- Definição de prioridades
Sejam concentrações de compras na semana em que se recebe o salário ou mal planejamento de custos, alguns comportamentos de consumo podem ser grandes problemas ao olhar a fatura do mês. Dessa forma, o economista Gelton Coelho ressalta que a definição das prioridades é o segundo passo na organização das finanças.
Com caderno, bloco de notas, computador ou celular em mãos, defina qual sua receita e quais são as suas despesas fixas essenciais diárias: como almoço, ônibus ou gasolina; mensais: como as contas de luz ou água e anuais: como o IPVA e IPTU.
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3- O famoso pé de meia
Um fundo emergencial é mais do que importante. Um parente doente, remédios, um pneu careca ou um problema de suspensão, uma torneira que quebra e até mesmo o desemprego são situações que podem exigir um dinheiro que estava fora do seu gasto mensal.
Dessa forma, o economista confirma que a falta de reserva pode ser um gatilho no orçamento. Com as finanças registradas e as prioridades definidas, se for possível e dentro da sua realidade, faça um pé de meia que ajude a enfrentar essas inconveniências não planejadas.
4- Os gastos dispensáveis que, sem querer, se tornam fixos
As despesas fixas que não são prioridades podem se tornar grandes bolas de neve no cartão. Assinaturas com renovações automáticas, por exemplo, podem se tornar gastos mensais não essenciais e, segundo Gelton, quando não calculados também podem gerar custos em cascata. “A alimentação diária fora de casa também ocupa importante parte dos gastos mensais, sendo fonte de descontrole orçamentário."
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5- Cuidado com o cartão de crédito
O limite do cartão de crédito pode ser facilmente confundido com seu próprio dinheiro, ou seja, um problemão. Bem aproveitados, podem ser uma maneira de adquirir itens mais caros e que, à vista, seriam mais difíceis de serem comprados. Mas é importante que isso seja planejado de acordo com seu ganho mensal.
Outra dica é: despesas que se repetem mensalmente não devem ser parceladas para não ocupar parte do orçamento do próximo mês. “É fundamental não misturar gastos que se repetem mensalmente com prestações”, explica Gelton.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata