Em julho de 1994, enquanto o salário mínimo era de R$64,79, a média de preço de um tanque cheio de gasolina era de R$ 26,50, uma cesta básica custava R$ 68,56 e uma passagem de ônibus R$0,24. É o que mostra levantamento especial do MercadoMineiro em parceria com o aplicativo comOferta, que fez um comparativo dos preços de produtos entre os valores de quando o Plano Real entrou em vigência, com os preços de junho de 2024.

O criação do Real foi uma tentativa de conter a inflação da economia brasileira, que sofria com juros de 80% ao mês. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a moeda sofreu uma inflação de 708% neste período, o que explica as variações de preços.

Em relação ao dólar, o Real desvalorizou 459% no mesmo intervalo de tempo. Uma ilustração disso é uma nota de R$ 100 da época que, se descontada a inflação do período, vale hoje R$ 13,28. 



De acordo com a pesquisa, o salário mínimo teve uma valorização de 2.079%, passando da casa dos R$ 60 reais para R$ 1.412 em 2024. O litro de gasolina, que custava R$ 0,53, permitia encher o tanque por R$ 26,50. Hoje, o litro de gasolina sofreu um aumento de 1.032%, custando, em média, R$ 6. O tanque cheio fica a R$ 300, também na média. 

O litro de álcool também sofreu aumento, desta vez de 895%. Em 1994, o litro custava R$ 0,42, enchendo o tanque a R$ 21. Hoje, o litro de álcool custa R$ 4,18, que enche o tanque com R$ 209, em média. Pensando em transporte público, a passagem de ônibus diametral custava R$ 0,24, e hoje a tarifa é de R$ 5,25.

Outra comparação é a do preço da cesta básica. Como calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta custava R$ 68,56, e hoje passou para R$ 826,85, um aumento de 1.106%. Dividida em setores, um pacote de arroz de 5kg da marca Prato Fino teve aumento de 637% no preço, passando de R$ 4,58 para R$33,75.

O quilo da farinha de trigo, da Vilma, custava em média R$ 0,57, e hoje custa R$ 4,15. A dúzia de ovos brancos passou de R$ 1,21 pata R$ 1,98, enquanto o pão francês, que em média tem 50 g, passou de R$ 0,08 para R$ 1,06, com o quilo a R$ 21,20, representando um aumento de 1.225%.

Outro aumento expressivo foi o do quilo do frango desfiado, que passou de R$ 1,04 para R$ 10,95, enquanto o quilo do acém bovino foi de R$ 2,50 para R$ 28,85. Já o botijão de gás de 13 kg, que custava R$ 5,38, atualmente custa R$ 112, um aumento de 1.982%.

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