Empresa lança serviço de compensações tributárias com compra de crédito
Objetivo é fornecer dinheiro de forma imediata para empresas que queiram ou precisem de fluxo de caixa
compartilhe
Siga noDe olho na explosão das compensações tributárias, que atingiram o valor histórico de R$ 249 bilhões em 2023, o Grupo Assetif decidiu lançar o serviço de compra de créditos tributários, uma atividade inédita no país e que pode ser utilizada por empresas de diversos portes.
O objetivo da Assertif Pay, alega o presidente José Guilherme Sabino, é oferecer uma linha de crédito para empresas que querem ou precisam de fluxo de caixa de forma imediata.
"Temos a empresa de Assertif Tributos, onde fazemos todos os levantamentos de atividades de créditos tributários. Vamos imaginar que faça um levantamento de crédito tributário de determinado cliente e ele tenha R$ 1 milhão de crédito tributário. E que essa empresa, que tem uma capacidade mensal de usar R$ 100 mil, consumiria esse crédito em 10 meses. Nós fazemos a compra e a antecipação deste R$ 1 milhão. Ela recebe um valor a vista com desconto e nós continuamos as compensações mensais da empresa", relatou Sabino, que está há 23 anos à frente do grupo, sobre a operação.
O crédito que essas empresas têm com a União podem ser abatidos em outros tributos ao longo de determinado período ou pago pela Receita Federal, que atualmente pode demorar até cinco anos para restituir. Com o serviço, o dinheiro fica disponível de forma imediata e não tem delimitação de destino.
"Pode fazer fazer o que quiser com o dinheiro. Investimentos, contratação de pessoas, treinamento. O dinheiro cai na conta e ela toma a decisão que ela quiser", afirmou.
Empresas que tiverem ganho ações na Justiça, que já não sejam mais passivas de recursos, e tenham direito ao crédito tributário também podem fazer uso do serviço
- Saiba também: Economia dos Estados Unidos caminha para uma recessão?
"A Assertif também pode antecipar esse valor da ação e compensamos mês a mês os valores das guias de impostos previdenciários e fiscais", relatou Sabino.
No ano passado, a compensação representou um custo de mais de R$ 60 bilhões à União.