Lula indica Galípolo para a presidência do Banco Central
Indicação do presidente Lula foi confirmada pelo ministro da fazenda, Fernando Haddad. Nome precisa ser sabatinado pelos senadores
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Siga noO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o diretor de política monetária, Gabriel Galípolo, para assumir a presidência do Banco Central (BC). A indicação foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), nesta quarta-feira (28/8), mas ainda precisa ser referendada pelo Senado Federal.
Galípolo é um nome próximo de Lula, tendo chegado ao Comitê de Política Monetária (Copom) no primeiro ano do quarto mandato petista no Planalto. O economista fez parte da equipe econômica de transição do governo e trabalhou junto de Haddad na Fazenda.
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Na época da sua indicação ele era visto como um contraponto ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que havia sido indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sob a gestão de Campos Neto, o banco atuou para conter a inflação elevando a taxa básica de juros (Selic), mas em patamares que renderam críticas de Lula e do Partido dos Trabalhadores (PT).
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Galípolo, contudo, atuou de maneira independente e votou em diversas ocasiões para manter as taxas de juros, mesmo com a pressão do governo para uma queda mais acentuada. Na reunião do Copom de junho, ele defendeu a taxa fixada em 10,5%.
Em agosto, ele rebateu as críticas feita a política monetária adotada pelo banco e afirmou que todos os diretores estavam dispostos a cumprir a meta de inflação.
"Se por acaso, o poder democraticamente eleito conviver com uma economia onde seja necessário um esforço de política monetária inferior (juros menores) ao esforço necessário para persecução de uma meta de 3% há uma maneira institucional legal, objetiva e simples para que o poder democraticamente eleito transfira esse comando ou orientação para a autoridade monetária, que é o decreto da meta de inflação. Você altera a meta de inflação", afirmou Galípolo.