BANCO CENTRAL

Quem é o economista indicado à presidência do Banco Central por Lula

Caso seja aprovado em sabatina do Senado, Gabriel Galípolo será o presidente do BC entre 2025 e 2028

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Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Banco Central, o economista Gabriel Galípolo ocupa, atualmente, o cargo de diretor de Política Monetária da instituição. Aos 42 anos, ele é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 

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Galípolo foi professor nos cursos de graduação da PUC de São Paulo entre 2006 e 2012. Ele também lecionou no MBA de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

Entre 2017 e 2021, Galípolo foi presidente do Banco Fator, instituição conhecida por sua atuação em parcerias público-privadas e programas de privatização. Durante sua gestão, conduziu os estudos para a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), processo iniciado em 2018.

Em 2021, o Banco Fator e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lideraram o leilão da estatal, que arrecadou R$ 22,6 bilhões com a venda de três dos quatro blocos ofertados. Atualmente, atua como pesquisador sênior no Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

Contexto político

A indicação foi anunciada nesta quarta-feira (28/8), no Palácio do Planalto, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Para assumir a presidência do BC, Galípolo deve ser aprovado em sabatina no Senado. Caso ele receba o aval dos parlamentares, deverá substituir Roberto Campos Neto na autarqua  entre 2025 e 2028. 

Uma das questões que mais chamam atenção do mercado, é que o diretor não é visto pelo mercado como um representante direto da bancada do PT, mas como alguém altamente capacitado para atuar como uma ponte entre o mercado e o governo.

A postura heterodoxa de Galípolo em relação à economia, aliada à sua experiência no mercado financeiro, é avaliada como um fator crucial para equilibrar a comunicação entre o atual governo e o empresariado. Não por acaso, sua habilidade de diálogo e capacidade de convencer diferentes atores são frequentemente ressaltadas por aqueles que o conhecem.

 

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