O consumo de carne está pesando cada vez mais no bolso do consumidor de Belo Horizonte. Levantamento realizado pelo site MercadoMineiro, em parceria com o aplicativo comOferta, analisou os preços na região entre os dias 7 e 9 de agosto e foi divulgado nesta segunda-feira (12/8). A pesquisa mostra que os preços dos cortes de carne bovina, suína e aviária aumentaram, com variações significativas entre casas de carne na Região Metropolitana de BH.
De acordo com a pesquisa, quando comparados com o mês de julho, os preços das carnes de porco foram os que mais sofreram aumento. O lombo inteiro, por exemplo, passou do preço médio de R$ 21,53 para R$ 22,63, aumento de 5,10%. Já a peça de copa lombo tinha preço médio de R$ 19,30 e agora custa R$ 20,26, reajuste de 4,99%, enquanto a peça da pazinha aumentou 4,88%, indo do preço médio de R$ 16,59 para R$ 17,40.
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Já entre as carnes bovinas, os itens que mais tiveram aumento de preço foram o fígado bovino, o filé mignon e a picanha. Em comparação com o mês de julho, o fígado bovino ficou, em média, 4,62% mais caro, passando de R$ 17,96 a R$ 18,79. O preço médio do filé mignon subiu de R$ 61,96 para R$ 63,54, diferença de 2,56%, enquanto o preço médio da picanha aumentou 3,37%, pulando de R$ 61,18 para R$ 63,24.
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Em relação à carne de frango, o quilo da asa resfriada foi o item que mais apresentou aumento, 3,87%, passando de R$ 16,79 para R$ 17,44. Outro item que teve aumento foi o quilo do peito resfriado, de R$ 15,03 para R$ 15,56, 3,51% a mais. Já o pé de frango e o coração ficaram mais barato 0,96% e 0,81%, respectivamente.
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As causas estão na exportação e na seca
Para Feliciano Abreu, economista do MercadoMineiro e coordenador da pesquisa, o aumento nos preços é resultado de uma oferta das carnes complicada devido à seca. “O tempo seco prejudica muito as pastagens do boi, no caso da carne bovina, o que faz com que o produtor gaste mais para manter o gado gordo para ser abatido”, conta. Ele completa: “O produtor opta por vender mais rápido, uma vez que, enquanto não chove, os pastos demoram pra ficar verdes, e fica caro manter o gado”.
Além disso, o economista explica que outra causa para o aumento dos preços é uma menor oferta dos cortes no mercado interno. De acordo com ele, o mercado das carnes bovina bateu recorde de exportações no último mês, o que causou uma menor oferta no mercado interno.
Segundo levantamento da COMEX, a exportação de carne bovina em julho de 2024 aumentou 47,6% quando comparada ao mesmo período de 2023, com a exportação de 237,27 mil toneladas. “Há uma euforia do mercado em exportar. É mais ou menos o seguinte: você produz uma coisa que recebe quase seis vezes mais caro vendendo para o exterior ao invés de vender para o mercado interno”, explica.
Variações na Grande BH
Os preços dos itens de carne, além de apresentarem aumento, também variam significativamente nas casas de carne da Grande BH. Nos cortes bovinos, o quilo do fígado pode custar de R$ 9,98 a R$ 31,90, com uma variação de 219%; o quilo da alcatra tem variação de 113%, custando de R$ 29,95 a R$ 63,90, e o quilo da picanha apresenta variação de 124%, podendo custar de R$ 40,00 a R$ 89,99.
Em relação às carnes de porco, o quilo do lombo inteiro pode custar de R$ 14,98 a R$ 32,90, com uma variação de 119%; o quilo do pernil sem osso pode custar de R$ 14,98 a R$ 31,90, variando em 112%; enquanto o quilo da bisteca apresenta variação de 100% no preço, custando de R$ 14,95 a R$ 29,95.
Já entre as carnes de frango, o quilo do peito resfriado pode ter o preço de R$ 11,98 a R$ 25,99, com uma variação de 117%; o quilo da asa tem variação no preço em 108%, sendo encontrado de R$ 11,98 até R$ 25,00; e o quilo do frango resfriado tem uma faixa de variação de 100%, podendo custar de R$ 7,98 a R$ 15,99.
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A pesquisa completa pode ser encontrada no site do MercadoMineiro.