A inteligência artificial aplicada à responsabilidade civil e novas tecnologias foi um dos motes do segundo dia do Ânima Compliance Experience (ACX), promovido na Faculdade Milton Campos, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (26/9).

Os debates versaram sobre a ética e as novas tecnologias nas organizações. O evento, que começou na última quarta (25/9), terminou nesta quinta com a participação dos principais nomes do mercado, promovendo a troca de conhecimentos  e experiências sobre compliance, tecnologia e direito.

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O primeiro painel do dia abordou o tema "A responsabilidade civil e novas tecnologias na reforma do Código Civil". Nelson Rosenvald, patrono da pós-graduação em Direito Privado, Tecnologia e Inovação da Escola Brasileira de Direito (Ebradi), e Márcio de Lima Leite, vice-presidente Jurídico, Tributário e de Relações Institucionais da Stellantis para a América do Sul, que também é presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram os convidados. O bate-papo foi presidido por João Batista Carvalho, diretor Jurídico do Grupo Ânima e presidente da Faculdade Milton Campos e da Ebradi. 

Para João Batista, o objetivo do painel foi debater como o jurídico previne os riscos e os danos a terceiros de maneira ética em grandes organizações. “Não apenas em uma organização como a Ânima, que é educacional, mas as organizações em geral”, frisou ele.

Diretor corporativo de compliance do ecossistema Ânima, João Gustavo Santos Rezende afirmou ser essencial debater a ética e as novas tecnologias nas organizações. 

Na foto, o diretor corporativo de compliance do ecossistema Ânima João Rezende

Edesio Ferreira/EM/D.A Press

“Estamos entendendo um pouco mais sobre quais são os riscos éticos que envolvem a utilização das ferramentas tecnológicas nas organizações. O grande plano de fundo de todas as decisões é justamente levar as discussões de integridade ética para dentro das organizações. É essencial que os tomadores de decisão, independentemente da utilização de inteligência artificial ou outra tecnologia, considerem o equilíbrio entre o lucro e a ética em sua empresa”, afirmou Rezende. 

O diretor de compliance da Ânima disse, ainda, que o propósito do evento, que está em sua primeira edição, foi trazer especialistas para debater os temas em ascensão no mundo corporativo. “A ideia é justamente trazer especialistas de todo país para Belo Horizonte, para Minas Gerais e aproveitar a potência dos nossos executivos", complementou. 

Rezende antecipou que o objetivo do grupo é levar o Ânima Compliance Experience para todo o Brasil. “Temos a expectativa de que nos próximos meses e anos o evento vá para todo o país". 

O presidente da Faculdade Milton Campos e da Ebradi exaltou o sucesso dos dois dias de ACX. “O feedback está sendo incrível. Temos alunos de todo o Brasil assistindo, já recebemos ligações pedindo mais edições do evento. O Ânima Compliance Experience é o maior evento de compliance do Brasil”, afirmou João Batista Carvalho.

Quem participou presencialmente também aprovou a iniciativa. Analista de governança da Fundação Renova, Bianca Santos, de 34 anos, disse que o ACX está sendo uma experiência enriquecedora. “É uma grande oportunidade. Achei muito interessante o escopo do projeto e fazer essa interface do compliance com a área de governança, que está sempre caminhando junto, é uma vivência, uma experiência profissional ótima”, contou. 

Ana Carolina Jardim, de 33, advogada de compliance da Fundação Renova, reforçou a importância de eventos como esse. “São muito importantes para disseminar o tema de compliance, governança e tecnologia. Inclusive, tecnologia é um tema abordado na maioria dos eventos que a gente tem participado, e, claro, aqui é um ótimo lugar para fazer networking”, avaliou.

Sustentabilidade e meio ambiente também foram pauta do evento. Para os organizadores, é essencial que as empresas tenham o risco climático pautado em suas agendas. 

“Cabe a cada uma das empresas definir de que forma elas podem reduzir o impacto negativo no contexto das atividades que mudam o clima do mundo. É de fato uma responsabilidade muito imensa e eu acredito muito nas organizações pautadas pela integridade, pelo compliance e por ética para desenhar o caminho para a sociedade estar melhor organizada para enfrentar esses desafios climáticos ", diz João Gustavo. 



*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa

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