A taxa de desemprego do Brasil recuou a 6,6% no trimestre encerrado em agosto, apontam dados divulgados nesta sexta (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
É o menor patamar para esse período na série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012. O indicador estava em 7,1% no intervalo até maio.
O mercado financeiro esperava taxa de 6,7% para o trimestre finalizado em agosto, conforme a mediana das projeções de analistas consultados pela agência Bloomberg.
De acordo com o IBGE, o número de desempregados foi de 7,3 milhões. O contingente era de 7,8 milhões até maio.
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A população desempregada reúne pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e que seguem à procura de oportunidades. Quem não está buscando vagas, mesmo sem ter emprego, não faz parte desse grupo nas estatísticas oficiais.
A taxa de desemprego já havia marcado 6,8% até julho. O IBGE, contudo, evita a comparação direta entre trimestres com meses repetidos, como é o caso dos intervalos finalizados em julho e agosto.
Após a pandemia, o mercado de trabalho mostrou retomada. A redução do desemprego e os ganhos de renda tendem a favorecer o PIB (Produto Interno Bruto).
Conforme analistas, o desempenho deve beneficiar o consumo das famílias, considerado motor da atividade econômica.
O possível efeito colateral da procura por bens e serviços em alta, de forma contínua, é a pressão sobre os preços, o que desafiaria o processo de desinflação.
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Mais de 80% das convenções coletivas de trabalho negociadas até agosto renderam reajuste salarial acima da inflação para os trabalhadores, segundo o relatório trimestral de inflação apresentado pelo BC (Banco Central) na quinta (26).