Galípolo é aprovado por unanimidade para o comando do BC
Nome do economista ainda precisa ser aprovado no plenário do Senado por maioria simples, ou seja, 41 parlamentares
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Siga noO economista Gabriel Galípolo teve o nome aprovado por unanimidade para assumir o comando do Banco Central na sabatina da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será submetido ao aval do plenário, o que pode ocorrer ainda nesta terça-feira (8/10).
Para Galípolo herdar o posto que será deixado por Roberto Campos Neto em janeiro de 2025, o economista precisa do aval da maioria simples do Senado, ou seja, 41 parlamentares. Na CAE, o economista recebeu apoio da base e da oposição ao governo Lula, incluindo os ex-ministros Sergio Moro (União), Ciro Nogueira (PP) e Tereza Cristina (PP).
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Durante a sabatina, Galípolo negou que seria pressionado por Lula na condução da política monetária e nos rumos da taxa básica de juros (Selic). Ele também lembrou que já atuou para aumentar a Selic.
“Adoraria poder me vangloriar disso. Em um ano e meio como diretor de Política Monetária, já fiz as três opções possíveis: manter, aumentar e diminuir a taxa de juros. Mas a verdade é que nunca sofri pressão; seria leviano de minha parte dizer que isso aconteceu. Na hipótese de isso ocorrer, obviamente teria coragem de fazer”, disse.
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Segundo Galípolo, todas as recomendações que recebeu de Lula e até de senadores foram para atuar com a “consciência”. “Minhas decisões são tomadas de acordo com o que for melhor para a população brasileira e aqui assumo o compromisso de continuar assim. Devemos atender ao arcabouço legal e institucional do Banco Central”, emendou.
O economista assumiu a diretoria de Política Monetária em maio de 2023, indicado por Lula em concordância com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Na época, a indicação era vista como um contraponto ao atual presidente do banco, Roberto Campos Neto, nome alinhado com o ex-presidente Jair Bolsonaro e que vinha conduzindo uma política de alta nos juros. Em agosto deste ano, o presidente indicou o economista para chefiar a autarquia a partir de 2025.