A empresa norte-americana de consultoria Mercer, em parceria com a CFA Institute, avaliou as aposentadorias de 48 países. Países Baixos, Islândia, Dinamarca e Israel conquistaram as notas máximas, enquanto o Brasil ficou na parte de baixo da tabela.
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O levantamento considera três critérios: adequação - valor do benefício recebido pelo aposentado e o modelo para calcular este ganho -; sustentabilidade - se o sistema poderá seguir pagando os auxílios no futuro, a demografia do país e cobertura oferecida -; e integridade - regulação, governança, entre outros.
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Confira o ranking completo
1 - Países Baixos (84,8)
2 - Islândia (83,4)
3 - Dinamarca (81,6)
4 - Israel (80,2)
5 - Cingapura (78,7)
6 - Austrália (76,7)
7 - Finlândia (75,9)
8 - Noruega (75,2)
9 - Chile (74,9)
10 - Suécia (74,3)
11 - Reino Unido (71,6)
12 - Suíça (71,5)
13 - Uruguai (68,9)
14 - Nova Zelândia (68,7)
15 - Bélgica (68,6)
16 - México (68,5)
17 - Canadá (68,4)
18 - Irlanda (68,1)
19 - França (68)
20 - Alemanha (67,3)
21 - Croácia (67,2)
22 - Portugal (66,9)
23 - Emirados Árabes Unidos (64,8)
24 - Cazaquistão (64)
25 - Hong Kong (63,9)
26 - Espanha (63,3)
27 - Colômbia (63)
28 - Arábia Saudita (60,5)
29 - Estados Unidos (60,4)
30 - Polônia (56,8)
31 - China (56,5)
32 - Malásia (56,3)
33 - Brasil (55,8)
34 - Botsuana (55,4)
35 - Itália (55,4)
36 - Japão (54,9)
37 - Peru (54,7)
38 - Vietnã (54,5)
39 - Taiwan (53,7)
40 - Áustria (53,4)
41 - Coreia do Sul (52,2)
42 - Indonésia (50,2)
43 - Tailândia (50)
44 - África do Sul (49,6)
45 - Turquia (48,3)
46 - Filipinas (45,8)
47 - Argentina (45,5)
48 - Índia (44)
O Brasil, na 33ª colocação, conquistou uma pontuação média de 55,8, recebendo uma nota C no ranking. Isso se deve, principalmente, devido à baixa integridade e à sustentabilidade do sistema - que ocupam o 39º e 44º lugar, respectivamente, nos critérios. Com isso, embora os benefícios pagos aos aposentados tenham sido considerados adequados - estando na 20ª colocação no quesito -, a capacidade do sistema de manter os pagamentos no futuro é questionável.
Desafios da aposentadoria
O relatório de 2024 destaca que, embora os sistemas do topo estejam indo bem, há obstáculos demográficos para aposentadorias em todo o mundo. O sócio sênior da Mercer, David Knox, disse em entrevista à Bloomberg, que “não estamos tendo mais filhos e vivemos mais tempo [do que em outras épocas]”.
No início deste ano, as Nações Unidas comunicaram que um em cada quatro países já ultrapassou o pico populacional. Enquanto a taxa de natalidade caiu, contribuindo para um crescimento lento da população. Para Knox, as mudanças demográficas significam que os países precisam abordar a aposentadoria de uma forma mais flexível, em vez de definir uma idade específica para parar de trabalhar.
Além desses fatores, segundo o relatório, as altas taxas de juros e o aumento dos custos do cuidado elevaram a pressão sobre os orçamentos governamentais para sustentar os programas de aposentadoria.