BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Empresas não financeiras consultadas pelo Banco Central aumentaram a previsão para a inflação deste ano, mas ainda esperam que o índice encerre 2024 abaixo do teto da meta estabelecida pela autarquia. As companhias também subiram a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2024.
As informações constam no segundo relatório da pesquisa Firmus, divulgada pelo BC nesta segunda-feira (21). Os dados foram coletados entre 12 e 30 de agosto.
As empresas não financeiras preveem que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminará 2024 em 4,2%, abaixo do teto da meta de inflação, de 4,5%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5% ponto percentual.
A estimativa é maior do que a apresentada pelo primeiro relatório da Firmus, de 4,0%. O levantamento apresentava dados coletados entre 13 e 31 de maio e foi divulgado em 12 de agosto.
As empresas também aumentaram a projeção para o crescimento do PIB de 2024, de 2,00% para 2,20%.
A mediana para o IPCA de 2025 permaneceu em 4,0%. Já a projeção para a inflação de 2026 diminuiu de 3,70% para 3,60%.
A Firmus visa captar a percepção de empresas não financeiras sobre a situação de seus negócios e da economia brasileira.
A pesquisa é co-irmã da Focus, sondagem feita junto a analistas financeiros. Ela é realizada trimestralmente e suas coletas são feitas a partir da semana seguinte à primeira reunião do Copom de cada trimestre.
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Ao todo, 95 empresas não financeiras inseriram expectativas nesta edição da pesquisa ?três a mais do que no primeiro relatório.
Bancos centrais de economias avançadas fazem levantamentos similares à Firmus. Os dados revelam que as expectativas de empresas e famílias costumam ser mais altas que as do mercado financeiro.