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Energia e carnes são os vilões da inflação de outubro, com alta de 0,56%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta dos preços

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, acelerou para 0,56% em outubro, impulsionado pelos preços da energia elétrica residencial e dos alimentos. Segundo os dados, divulgados nesta sexta-feira (8/11) pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma alta de 0,12 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior, quando a inflação estava em 0,44%. 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta dos preços. Dois deles tiveram maior influência nos resultados de outubro: habitação, com alta de 1,49%, e alimentação e bebidas, com avanço de 1,06%. A energia elétrica residencial foi a que mais pressionou o resultado, com impacto de 0,20 p.p. 

No mês de outubro esteve em vigor nas contas de luz a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$7,87 a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$4,46. 

Carnes 

A alimentação no domicílio, por sua vez, passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. Foi observado um aumento de 5,81% nos preços das carnes, com destaque para os cortes de acém, costela, contrafilé e alcatra.

Essa foi a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020, quando atingiu 6,54%. “O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida. 

Passagens aéreas em queda 

A única queda registrada em outubro veio do grupo de transportes, que recuou 0,38%. O resultado foi influenciado principalmente pela queda de 11,50% das passagens aéreas. Trem, metrô, ônibus urbano e integração transporte público também contribuíram para o resultado negativo do grupo. 

O resultado desses subitens é explicado em decorrência das gratuidades concedidas à população nos dias das eleições municipais que aconteceram em outubro. Em relação aos combustíveis, houve uma retração de 0,17%, com a queda no etanol (-0,56%), no óleo diesel (-0,20%) e na gasolina (-0,13%), enquanto o gás veicular registrou alta de 0,48%. 

Resultado por setor 

  • Alimentação e bebidas: 1,06%
  • Habitação: 1,49%
  • Artigos de residência:0,43%
  • Vestuário: 0,37%
  • Transportes: -0,38%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,38%
  • Despesas pessoais: 0,70%
  • Educação: 0,04%
  • Comunicação: 0,52%.

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No ano, o indicador acumula alta de 3,88%. Já nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 4,76%, ultrapassando o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, em 2024 e em 2025. A margem de tolerância para que ela seja considerada cumprida é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.

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