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Petrobras libera R$ 20 bilhões em dividendos aos acionistas

O plano de investimentos anunciado nesta quinta-feira (21/11) prevê US$ 111 bilhões (R$ 640 bilhões) em ações da petroleira

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (21/11) a distribuição de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários a seus acionistas, liberando finalmente parte do valor que havia sido retido no início do ano em processo que culminou com a demissão de Jean Paul Prates da presidência da companhia.

A estatal afirmou que a decisão está alinhada à sua política de remuneração, "que prevê que a Petrobras poderá realizar a distribuição de remuneração extraordinária aos acionistas, desde que a sustentabilidade financeira da companhia seja preservada".

O mercado esperava anúncio sobre os dividendos extraordinários nesta quinta, quando o conselho de administração da Petrobras se reuniu para discutir o primeiro plano de investimentos sob a gestão Magda Chambriard.

O plano prevê investimentos de US$ 111 bilhões (R$ 640 bilhões), contra US$ 102 bilhões (R$ 580 bilhões) da versão anterior, e mantém a previsão de distribuição de ao menos US$ 45 bilhões (R$ 256 bilhões) em dividendos ordinários e de até US$ 10 bilhões (R$ 57 bilhões) em dividendos extraordinários.

A área de exploração e produção terá um orçamento de US$ 77 bilhões (R$ 440 bilhões), com US$ 7,9 bilhões (R$ 45 bilhões) destinados à busca por novas reservas em bacias do Sudeste, em novas fronteiras como a bacia de Pelotas e as bacias da margem equatorial brasileira e em projetos na África.

A expectativa é repor reservas para tentar manter uma produção média na casa dos 3,2 milhões de barris de petróleo e gás por dia na próxima década, quando os campos gigantes do pré-sal começam a entrar em declínio.

Na área de refino, o investimento proposto na versão preliminar do plano sobe de US$ 17 bilhões (R$ 97 bilhões) para US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões), com o avanço de obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e no Complexo Boaventura, antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).

A direção da empresa propõe ainda um reforço na estratégia de diversificação das atividades, com investimentos em petroquímica e fertilizantes, abandonados no governo Jair Bolsonaro, mas no foco da política desenvolvimentista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Nesse sentido, a Petrobras aprovou em outubro a retomada da construção da unidade de fertilizantes de Três Lagoas (MS) suspensas desde 2015, com investimento previsto em R$ 3,5 bilhões. Antes, havia aprovado retomada das operações da Araucária Nitrogenados, no Paraná.

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