O volume do setor de Serviços em Minas Gerais registrou crescimento de 0,8% em setembro, em comparação com o mês anterior, ficando um pouco abaixo da média nacional, que foi de 1%. Os números foram divulgados em pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa expansão foi registrada em 16 das 27 unidades da federação, com destaque para São Paulo (1,0%), Rio de Janeiro (2,6%), Amazonas (8,2%), Rio Grande do Sul (1,9%) e Distrito Federal (2,5%). Os recuos mais significativos no volume dos Serviços ocorreram na Bahia (-2,7%), Mato Grosso (-1,8%) e Ceará (-2,0%).
“Em setembro, tivemos vários setores que impulsionaram o volume de serviços, como empresas de engenharia, de produção de festivais musicais, de transporte dutoviário e edição de livros integrados à impressão. Por outro lado, temos observado incrementos de receita mais constantes em tecnologia da informação, agenciamento de espaços de publicidade em mídias digitais, intermediação de negócios por aplicativos ou plataformas de e-commerce, e administração de cartões de desconto e programas de fidelidade. A conjuntura econômica pode até potencializar o crescimento dos serviços, mas não explica sozinha o bom desempenho do setor”, analisa Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
MG cresce abaixo da média nacional
Em relação a setembro de 2023, Minas Gerais teve crescimento de 3,3% no volume de Serviços, também abaixo da média nacional, que foi de 4%. Nessa perspectiva, 19 das 27 unidades da federação apresentaram expansão, como São Paulo (6,9%), Rio de Janeiro (3,0%), Santa Catarina (8,0%), Distrito Federal (9,2%) e Amazonas (18,9%). Os estados que apresentaram os maiores recuos foram Rio Grande do Sul (-10,4%), Mato Grosso (-13,9%) e Mato Grosso do Sul (-11,2%).
O avanço em relação a setembro de 2023 foi acompanhado por quatro das cinco atividades de divulgação e por 60,2% dos 166 tipos de serviços investigados pelo IBGE. Entre os setores, o de informação e comunicação exerceu o principal impacto positivo, com crescimento de 9,2%. Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (6,1%), dos prestados às famílias (5,0%) e dos outros serviços (4,3%). Já os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,0%) foram a única contribuição negativa.
No acumulado do ano, Minas Gerais também está atrás da média nacional no volume de Serviços, com crescimento de 2,6%, contra 2,9%. Neste período, 21 das 27 unidades da federação cresceram, como São Paulo (4,5%), Rio de Janeiro (3,6%), Santa Catarina (5,8%) e Paraná (3,5%). As principais influências negativas vieram do Rio Grande do Sul (-7,7%) e Mato Grosso (-9,6%).
De janeiro a setembro de 2024, quatro das cinco atividades pesquisadas apontaram taxas positivas e crescimento em 58,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, as contribuições positivas mais importantes ficaram com os ramos de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,6%) e de informação e comunicação (6,1%). Os demais avanços vieram dos serviços prestados às famílias (4,7%) e dos outros serviços (2,3%). A única contribuição negativa veio dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,2%).
MG é destaque em Turismo
O índice nacional de atividades turísticas subiu 0,5% em setembro, em comparação com agosto. Em seis dos 17 locais pesquisados houve crescimento, sendo que a contribuição mais relevante foi do Rio de Janeiro (14,9%), devido a um festival musical de grandes proporções. No entanto, estados como São Paulo (-1,0%), Bahia (-4,9%), Goiás (-4,9%) e Santa Catarina (-3,1%) apresentaram recuo.
No acumulado do ano, Minas Gerais se destacou no agregado especial de atividades turísticas — restaurantes, hospedagens, bufê, transporte aéreo de passageiros, espetáculos teatrais e musicais, e agências de viagem — com 8,9% de crescimento, o maior do país, contra 2% da média nacional.
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O estado ainda se destacou no volume da atividade turística em relação a setembro de 2023, com 6% de crescimento, contra 2,2% do restante do país. Esse resultado positivo, que é o quarto consecutivo, foi impulsionado pelo aumento na receita de restaurantes, espetáculos teatrais e musicais, agências de viagens, transporte aéreo de passageiros e serviços de reservas relacionados a hospedagens.