AGU pede explicações ao BC sobre cotação do dólar exibida no Google
Governo Lula quer apurar cotação exibida na internet que era R$ 0,20 maior do que o registrado no último fechamento do mercado
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Siga noA Advocacia-Geral da União (AGU) enviou um ofício ao Banco Central (BC), nessa quarta-feira (25/12), pedindo informações sobre a cotação do dólar exibido na plataforma de pesquisa do Google. O buscador chegou a exibir uma cotação no valor de R$ 6,38, cerca de R$ 0,20 superior ao registrado no último fechamento do mercado, no dia 23 de dezembro.
Segundo a AGU, o fato causa estranheza, mas era necessário maiores informações antes de novas ações. O gabinete do ministro Jorge Messias pediu perguntou ao BC qual seria a cotação do dia 25, ou a última cotação disponível; qual seria a cotação em outros países no dia 25; e se essa cotação era relevante para impactar a cotação da moeda nacional.
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Ainda de acordo com a AGU, o objetivo do pedido é combater a desinformação de dados econômicos de grande relevância para a sociedade brasileira, e que podem impactar a economia do país.
“Recentemente, informações de fontes desconhecidas sobre a cotação real do dólar foram novamente veiculadas na plataforma Google. O câmbio Ptax é a cotação oficial no Brasil, não definido nesta quarta-feira pelo Banco Central devido ao feriado”, destacou o ministro Jorge Messias.
Pouco tempo depois do acionamento do Banco Central, a cotação exibida pelo Google voltou a estar alinhada com o último fechamento. Em nota, a empresa afirmou que trabalha para garantir precisão aos valores informados pela sua plataforma.
“Os dados em tempo real exibidos na Busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros. Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações”, explicou.
Desde novembro o dólar vem em trajetória de alta em relação ao real. O mercado pressionava o governo do presidente Lula (PT) para realizar uma série de ajustes fiscais com o objetivo de cortar gastos.
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Em resposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), enviou um pacote de leis que incluía mudanças no reajuste do salário mínimo e no Benefício de Prestação Continuada (BPC). A aprovação do pacote de corte de gastos só ocorreu na última semana, já no fechamento dos trabalhos do Congresso Nacional