O Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) divulgou, nesta segunda-feira (9/12), duas pesquisas que medem a temperatura do comércio para o natal em Belo Horizonte. A instituição ligada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aponta que a movimentação do setor deve crescer em 4,88% em relação à 2023, mas no mesmo passo em que os preços dos alimentos mais procurados para o período tiveram alta.

Segundo a primeira pesquisa, 74,43% dos entrevistados pretendem comprar presentes de natal. O tíquete-médio que os consumidores pretendem gastar gira em torno de R$ 172,20, valor 39% maior do que em 2023.



A faixa que mais recebe compradores entusiasmados é a com o preço médio acima de R$ 250, cerca de 28,5% dos 210 consumidores que responderam a pesquisa realizada em novembro. Pelo menos 27% dos entrevistados afirmaram que pretendem gastar dentro da faixa de preço de R$ 151 até R$ 250, enquanto no ano passado o percentual ficou em 11,69%.

Por outro lado, a faixa mais baixa da pesquisa, até o limite de R$ 50, foi citada por apenas 5,59% dos entrevistados; 21,12% responderam que pretendem gastar entre R$ 51 e R$ 100, enquanto 17,4% devem por optar por presentes entre R$ 101 a R$ 150.

De acordo com o Ipead, a tendência é que o movimento do comércio seja mais expressivo, “sobretudo devido ao aumento do valor do tíquete-médio, muito acima do aumento da inflação acumulada no ano, e também devido ao aumento da parcela das pessoas que pretendem presentear este ano”.

A pesquisa também demonstra uma leve queda na parcela de consumidores que pretendem gastar um valor igual ao ano anterior, de 39,86% para 38,51%. Também houve queda entre aqueles que pretendem comprar presentes com valor superior ao último natal, de 37,16% para 34,16%.

Alta nos alimentos

O Ipead também divulgou a pesquisa sobre os preços de alimentos típicos ou de maior demanda no período de Natal e das festas de fim de ano. O levantamento contempla 26 produtos que foram comparados ao ano de 2023. Pelo menos 18 alimentos apresentaram alta no preço médio, enquanto apenas oito apresentaram estabilidade ou redução.

Percentualmente, o alimento que mais teve crescimento no preço são os pacotes com 100 gramas de uva passa (+27,60%), passando de R$ 2,79 em 2023 para R$ 3,56 neste ano. Em seguida vem o quilo do lombo resfriado, que passou de R$ 21,01 para R$ 26,79 (+27,51%). A garrafa de 750 ml de espumante teve um crescimento de 26,9%. A bebida passou de R$ 77,82 de preço médio em 2023 para R$ 98,78 de média neste ano.

O tradicional Peru teve a menor alta dos alimentos típicos de Natal, com o quilo congelado passando de R$ 32,17 para R$ 32,80 (+1,95%).

Entre os alimentos que tiveram queda, o destaque fica para a caixa de 400 gramas de panettone de frutas, que passou de R$ 20,44 para R$ 18,04 (-11,74%). Em seguida está o sachê de 200 gramas de maionese, que caiu de R$ 3,66 para R$ 3,43 (-6,28%), e o pacote de 500 gramas do macarrão parafuso, de R$ 7,14 para R$ 6,88 (-3,64%).

Veja os números

Pretensão de compras para o Natal

2024
Pretende comprar: 74,43%
Não pretende comprar: 25,57%

2023
Pretendiam comprar: 70,97%
Não pretendiam comprar: 29,03%

Gasto médio com presente

Até R$ 50
2024: 5,59%
2023: 12,34%


De R$ 51 a R$ 100
2024: 21,12%
2023: 29,87%

De R$ 101 a R$ 150
2024: 17,39%
2023: 28,57%

De R$ 151 a R$ 250
2024: 27,33%
2023: 11,69%

Acima de R$ 250
2024: 28,57%
2023: 13,64%

Preço médio dos alimentos


Alta

Uva passa sem semente (100g): + 27,60%
2024: R$ 3,56
2023: R$ 2,79

Carne suína, lombo (1 quilo): +27,51%
2024: R$ 26,79
2023: R$ 21,01

Espumante (750ml): +26,93
2024: R$ 98,78
2023: R$ 77,82

Queda

Panettone de frutas (400g): -11,74%
2024: R$ 18,04
2023: R$ 20,44

Maionese (200g): -6,28%
2024: R$ 3,43
2023: R$ 3,66

Macarrão parafuso (500g): -3,64%
2024: R$ 6,88
2023: R$ 7,14

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