O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), negou que o governo pretenda aumentar impostos ou mudar o regime cambial do país para conter a alta do dólar. A declaração foi dada a jornalistas após uma reunião do chefe da equipe econômica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta segunda-feira (6/1).

Haddad respondeu uma pergunta sobre a possibilidade de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo o ministro, a alta do dólar se deu por um “estresse” no final do ano passado que teria ocorrido no mundo inteiro.

“Hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos (Donald Trump) deu declarações moderando determinadas propostas que foram feitas ao longo da campanha. É natural que as coisas se acomodem. Não existe discussão de mudar regime cambial no Brasil, nem de aumentar imposto com esse objetivo”, disse.

O titular da Fazenda ainda ressaltou os ajustes fiscais feitos pelo governo no final de 2024. No meio das discussões, a moeda estrangeira bateu recordes e ultrapassou os R$ 6. “Nós estamos recompondo a base fiscal do estado brasileiro pelas propostas que estão sendo endereçadas para o Congresso Nacional”, completou.

Haddad voltou de férias nesta segunda-feira para se reunir com Lula. A decisão do ministro foi tomada após a recuperação cirúrgica de um familiar, motivo pelo qual ele havia marcado o período de descanso.

O ministro ainda afirmou que o debate sobre a reforma tributária da renda deve esperar as eleições das mesas diretoras do Congresso Nacional - Senado e Câmara. “Mas a discussão está programada para 2025. Ela tem que acontecer em 2025”, frisou Haddad.

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