Alunas do Colégio Determinante com a diretora Camila Ferreira -  (crédito: Divulgação)

Alunas do Colégio Determinante com a diretora Camila Ferreira

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Hoje, dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional das Mulheres, uma data que vai além de homenagens e celebrações. É um momento para dar visibilidade às lutas incessantes pela equidade de gênero em nossa sociedade e abrir discussões sobre as lutas femininas ao longo da história.

Para compreender a relevância deste dia, é essencial entender suas origens. O Dia Internacional da Mulher remonta ao início do século XX, um período marcado por lutas por direitos básicos, condições de trabalho dignas e igualdade de gênero.

Em 8 de março de 1908, um grupo de mulheres trabalhadoras protestou em Nova York por melhores condições de trabalho e igualdade salarial. Desde então, esta data tem sido um símbolo de resistência e solidariedade feminina.

Mulheres na educação

Maria Vitória, professora de física do Colégio e Pré-vestibular Determinante

Maria Vitória, professora de física do Colégio e Pré-vestibular Determinante

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Ao abordarmos este tema no contexto educacional, compreendemos que as mulheres têm desempenhado um papel fundamental há séculos. No entanto, sua contribuição nem sempre é reconhecida adequadamente. Embora as figuras femininas tenham desempenhado um papel vital como educadoras, é notório que a visibilidade se concentra principalmente no ensino infantil.

Historicamente, as mulheres enfrentaram barreiras significativas para acessar a educação e ingressar no mercado de trabalho como profissionais da área. Mesmo quando conseguiram se estabelecer como educadoras, muitas vezes foram confinadas a papeis secundários, onde o salário é menor e são subordinadas por homens.

Surpreendentemente, no ensino médio, em que a remuneração é mais atrativa, a presença feminina é notavelmente inferior, evidenciando uma predominância masculinizada e acentuando o problema de desigualdade salarial tão presente, mas muitas vezes pouco falado.

Camila Ferreira, sócia e professora do Colégio e Pré Vestibular Determinante relembra como foi difícil a sua inserção e ascensão na carreira: “Estou nesta área há mais de 20 anos. Desde de novinha, quando entrei na faculdade, eu já sabia que queria trabalhar com cursinho pré vestibular, porque eu enxergava lá como um meio que pudesse transformar minha vida economicamente. Mas, desde sempre, eu tive
bastante dificuldade de conseguir um emprego, pois é um ambiente predominantemente masculino. Tive que lutar bastante para ser reconhecida como uma professora de geografia capaz e qualificada.”

Assim como a professora, várias outras educadoras compartilham histórias como esta. As salas de aulas só são predominantemente coordenadas por mulheres quando falamos do ensino fundamental, em que a sociedade ainda acredita que ali deve ser um local feminino devido ao “instinto materno” que auxilia na criação e no desenvolvimento das crianças.

Enquanto isso, as salas de ensino médio e cursos preparatórios estão, quase sempre, ocupadas por homens, já que as pessoas acreditam que o gênero masculino tem uma capacidade maior de coordenar turmas de adolescentes e distribuir conteúdo de qualidade.

“Olhando para esse cenário, eu consigo perceber que a minha trajetória se torna diferente, como uma exceção. Entrei como sócia fundadora do Determinante e fui professora de geografia até 2016. Nesse ano eu me tornei coordenadora da instituição e estou até hoje”, conta Camila, como o Determinante foi peça importante para sua ascensão na carreira.

“Se você olhar para os colégios de Belo Horizonte, você vai perceber que quase não existe direção feminina. Majoritariamente esse cargo é masculino. Assim como no geral do mercado de trabalho, em que a maioria dos cargos de chefia são ocupados por homens”, completa a sócia de um dos pré  vestibulares mais renomados da capital mineira.

Além das barreiras específicas do ambiente educacional, as mulheres enfrentam uma série de desafios no mercado de trabalho em geral. A jornada dupla de trabalho, equilibrando as responsabilidades  profissionais e domésticas, é uma realidade para muitas mulheres.

A maternidade também é outro tópico sensível, que pode ser, infelizmente, um obstáculo para o avanço na carreira, com muitas mulheres enfrentando discriminação e falta de apoio.

Camila lembra que, assim que assumiu o cargo de coordenação, ela se dividia entre a maternidade e a profissão, o que foi tema em muitas rodas de conversas entre amigos e familiares.

“O Determinante é um ambiente muito acolhedor, que sempre acreditou no meu trabalho. Mas eu enfrento na sociedade o que todas as mulheres enfrentam. Quando eu assumi a direção de ensino da instituição, muitas pessoas, até mesmo próximas a mim, desconfiaram da minha capacidade. Lembro que eu estava grávida e teve pessoas que me perguntaram como a escola tinha aceitado e se eu iria dar
conta de conciliar a maternidade com a responsabilidade do meu novo cargo.”

Nos dias de hoje, é perceptível muitos avanços, mas ainda sim há muito o que melhorar. As mulheres têm demonstrado repetidamente sua capacidade e competência em todas as áreas, provando constantemente que são tão capazes quanto os homens em suas profissões.

É essencial que a sociedade, como um todo, reconheça e valorize suas contribuições, oferecendo oportunidades iguais de desenvolvimento e crescimento profissional.

Visibilidade para as mulheres na educação

Divulgação de campanha do dia as mulheres

Divulgação de campanha do dia as mulheres

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A coordenadora pedagógica do Determinante reafirma o seu compromisso em promover a equidade de gênero e dar visibilidade às lutas femininas. Ela busca, onde está inserida, divulgar e batalhar pela importância de criar um ambiente inclusivo e diversificado, onde todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas.

A instituição valoriza e investe em mulheres educadoras, proporcionando oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional. Além disso, o Det também acredita na potencialização de mulheres por meio da educação e promove um ambiente acolhedor para as diferentes trajetórias de mulheres que se tornam alunas do colégio e do cursinho preparatório.

#ForteComoOMeuBatom

Camila Ferreira, diretora pedagógica do Determinante e especialista em Plano de Estudos

Camila Ferreira, diretora pedagógica do Det e especialista em Plano de Estudos

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A professora de geografia desenvolveu um movimento na escola, junto com suas alunas, chamado #ForteComoOMeuBatom que remete ao movimento que aconteceu no pós Segunda Guerra Mundial, quando os campos de concentração foram abertos e em alguns deles foram utilizados batons para identificar a individualidade de cada mulher.

Essa forte simbologia tem como objetivo discutir, em sala de aula, sobre a equidade de gênero e os desafios contemporâneos de ser mulher em nossa sociedade. Neste Dia Internacional da Mulher, as mulheres da instituição foram convidadas a fazer parte desse movimento e irem de batom, discutir e dar visibilidade para as suas lutas.

O Colégio e Pré-Vestibular Determinante está alinhado às crenças da Camila e com todo o ambiente educacional que acredita no poder da educação para transformar vidas e estamos dedicados a capacitar mulheres a assumirem o controle de seu próprio futuro.

Em um cenário onde as mulheres continuam a desafiar expectativas e superar barreiras, o Dia Internacional da Mulher é mais do que uma celebração; é um lembrete de que a jornada pela equidade de gênero persiste. Nós, família Determinante, desejamos a todas as mulheres um feliz dia da mulher!