Resultados do Ideb 2023 foram apresentados pelo ministro de Estado da Educação, Camilo Santana -  (crédito:  Luis Fortes Fotografo)

Resultados do Ideb 2023 foram apresentados pelo ministro de Estado da Educação, Camilo Santana

crédito: Luis Fortes Fotografo

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, nesta quarta-feira (14/8), os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023. Apesar de a média nacional ter avançado e atingido a meta estabelecida para o ensino médio, Minas Gerais ficou abaixo da meta projetada para o estado em todas as etapas de ensino.

 

 

Segundo os resultados do Ideb 2023, o estado alcançou 6,3 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental, abaixo da meta estadual de 6,7 para o primeiro ciclo do Ideb (2007-2021). Nos anos finais (6º ao 9º) do ensino fundamental, o estado registrou 4,9 pontos e o ensino médio registrou 4,2 pontos. Com isso, Minas não bateu nenhuma meta do Ideb.


 

Contudo, o estado está entre os sete estados com maiores notas na etapa do 1º ao 5º ano: Paraná (6,7), Ceará (6,6), Santa Catarina (6,4), Distrito Federal (6,4), Minas Gerais (6,3), Espírito Santo (6,3) e Goiás (6,3).


Cenário nacional


No evento de divulgação dos resultados, o ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, afirmou que o Ideb é o mais importante indicador educacional da educação básica brasileira, uma vez que mede os resultados e a efetividade das políticas públicas. “Ele funciona como um norte para as tomadas de decisões na educação básica, determinando o que deve ser melhorado no ensino e garantindo que a construção dos programas e das iniciativas seja feita de forma a assegurar o atendimento das necessidades da população”, explicou. 


 

Segundo a divulgação, o Brasil alcançou 6 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano e alcançou a meta estabelecida. Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, o país alcançou 5 pontos - 0,5 abaixo da média - e o ensino médio registrou 4,3 pontos, também ficando abaixo da meta do indicador para o país que era de 5,2. Segundo o Ministério da Educação, os resultados do Ideb foram impactados pela pandemia de COVID-19.


 

Somente oito estados não conseguiram atingir a meta estabelecida para seus respectivos territórios nos anos iniciais do ensino fundamental: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Amapá, Roraima e Rondônia. Já do sexto ao sétimo ano, o número de estados que não alcançaram a meta salta para vinte. Os seis que conseguiram foram: Alagoas, Pernambuco, Ceará, Piauí, Amazonas e Goiás. Nenhum estado alcançou a meta para o ensino médio.


 

Entenda o Ideb


O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica confere notas de 0 a 10 de acordo com o desempenho dos alunos e o número de aprovados (fluxo escolar). A nota é calculada com base no Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) realizado a cada dois anos. Os resultados dos testes de língua portuguesa e matemática são padronizados em uma escala de zero a dez, e a média dessas duas notas é multiplicada pela média das taxas de aprovação.


 

O indicador foi criado em 2007, junto com o “Compromisso Todos pela Educação” (Decreto nº 6.094/2007). Na ocasião, foram estabelecidas metas a serem atingidas por cada estado brasileiro, pelo Distrito Federal e pelos municípios, bem como resultados projetados para cada unidade escolar. O primeiro ciclo ocorreu entre 2007 e 2021.


 

Em janeiro de 2024, o Inep instituiu um Grupo Técnico, o GT Novo Ideb, com o objetivo de elaborar um estudo técnico para subsidiar o MEC na atualização do Índice e de novas metas. “A ideia é que o Ideb continue sendo o indicador que nos guia na apreciação do desenvolvimento da educação, mas talvez alguns ajustes sejam necessários, sempre com a preocupação de que não se perca a possibilidade de comparação ao longo do tempo”, declarou  o presidente do Inep, Manuel Palacios.