As regras para aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passam por ajustes anuais, como parte das mudanças introduzidas pela reforma da Previdência de 2019. Para 2025, algumas alterações impactam trabalhadores que ainda estão planejando a aposentadoria. É fundamental compreender essas mudanças e verificar qual regra de transição ou cálculo é mais vantajoso para o segurado. A seguir, vamos explorar o que muda e o que permanece inalterado no próximo ano.
Direito Adquirido: Um Pilar Estável na aposentadoria
Uma das garantias fundamentais é o direito adquirido. Quem completou os requisitos para aposentadoria antes de 2025, mesmo sem formalizar o pedido, mantém o direito de se aposentar pelas regras anteriores. Isso inclui trabalhadores que já cumpriram os critérios para aposentadoria por tempo de contribuição até a data de 13 de novembro de 2019.
Além disso, períodos como trabalho insalubre, tempo rural, serviço militar e vínculos reconhecidos em ações trabalhistas podem ser somados para atingir o tempo de contribuição necessário. Dessa forma, mesmo sob as novas regras, é possível garantir benefícios mais favoráveis em algumas situações.
O Que Não Muda em 2025 na aposentadoria
Algumas normas permanecem inalteradas em 2025, fornecendo estabilidade para quem já está próximo da aposentadoria. Entre elas estão:
- Regra de Idade e Tempo de Contribuição: Para segurados inscritos no sistema antes de 13 de novembro de 2019, o tempo de contribuição exigido é de 15 anos para mulheres e 20 anos para homens. A idade mínima é de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.
- Pedágio de 50%: Essa regra de transição aplica-se a quem, em 2019, tinha até dois anos para atingir o tempo de contribuição exigido. Nesse caso, o trabalhador precisa completar o tempo restante e cumprir um pedágio equivalente a 50% do período faltante.
- Pedágio de 100%: Para quem tinha mais de dois anos de contribuição pendentes em 2019, o tempo necessário para aposentadoria será o dobro do período faltante.
Novas Regras para aposentadoria 2025
As mudanças para 2025 se concentram principalmente no sistema de transição, que visa tornar o impacto da reforma mais gradual para trabalhadores que estavam próximos de se aposentar em 2019.
1. Regra de Pontos
A regra de transição por pontos continuará sendo ajustada. Em 2025, os homens precisarão atingir 102 pontos e as mulheres, 92. Esses pontos resultam da soma da idade com o tempo de contribuição. Por exemplo, um homem com 61 anos de idade e 41 anos de contribuição poderá se aposentar. O cálculo do benefício será baseado em 60% da média salarial, com acréscimos de 2% para cada ano de contribuição acima do mínimo exigido.
2. Idade Mínima Progressiva
A regra de idade mínima progressiva também sofrerá um incremento em 2025. Mulheres precisarão ter 59 anos e 30 anos de contribuição, enquanto os homens necessitarão de 64 anos de idade e 35 anos de contribuição. Essa progressão continua até que a idade mínima definitiva da reforma seja atingida.
3. Cálculo do Benefício
Embora as condições de acesso estejam mudando, o cálculo do benefício segue os padrões já estabelecidos. O benefício será de 60% da média salarial, com acréscimos de 2% por ano adicional de contribuição. O valor máximo é limitado ao teto do INSS, que, em 2024, está em R$ 7.786,02.
Planejamento Previdenciário: Essencial em 2025
Com tantas regras coexistindo, o planejamento previdenciário torna-se indispensável. A análise cuidadosa dos direitos adquiridos e das regras de transição pode ajudar o trabalhador a maximizar o valor do benefício e escolher o momento ideal para se aposentar. Profissionais especializados em previdência podem auxiliar nesse processo, identificando as melhores estratégias para cada caso.
Além disso, é recomendável manter registros organizados de períodos de contribuição e verificar se todos os dados estão atualizados no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais). Isso evita atrasos no processo de concessão do benefício.
As novas regras para aposentadoria em 2025 refletem a continuidade do ajuste gradual trazido pela reforma de 2019. Enquanto o direito adquirido protege os trabalhadores que já atingiram os requisitos, as regras de transição oferecem alternativas para aqueles que estão próximos da aposentadoria. Estar bem informado e realizar um planejamento previdenciário são passos essenciais para garantir um benefício justo e adequado às necessidades de cada trabalhador.