Localizada em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, a Capela de Santo Antônio do Pompéu representa um tesouro da história arquitetônica no Brasil. Com registros que remontam a 1731, a capela é um exemplar do barroco mineiro, refletindo a rica cultura e tradição da época. Propriedade protegida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a construção foi reinaugurada após um período significativo de restauração, prometendo ser novamente um centro de cultura e espiritualidade para a comunidade local.
O processo de restauração, que se iniciou em janeiro e custou aproximadamente R$ 850 mil, concentrou-se na revitalização do telhado, dos elementos artísticos e no conjunto arquitetônico da capela. Esses esforços visaram tanto a preservação dos materiais originais quanto a modernização necessária para garantir a segurança e a longevidade da estrutura. A comunidade de Sabará, aguarda ansiosamente pela reabertura, vendo a capela como um significativo elo com seu passado.
Quais foram os desafios enfrentados na restauração?
A restauração de uma construção histórica com quase 300 anos não é tarefa simples. Entre os desafios enfrentados pelas empresas Conservare e Restaurare, responsáveis pela obra, estavam a autenticidade dos materiais e a manutenção dos elementos artísticos originais. A capela é feita de madeira e taipa e possui uma planta composta por dois retângulos: a nave e a capela-mor com sacristias laterais. Tal complexidade arquitetônica exigiu um cuidado especial para preservar a essência barroca da construção.
Por que a reabertura da capela é significativa para a comunidade?
A cerimônia de reabertura está marcada para acontecer às 18h, com uma missa celebrada pelo bispo auxiliar Dom Edmar José da Silva, da Arquidiocese de Belo Horizonte. A ocasião marca não apenas a conclusão de uma fase de restauração, mas também o renascimento de um local de encontro e celebração para os moradores do bairro Pompéu e de toda Sabará. A capela representa um vínculo emocional e histórico significativo para a população local, como evidenciado pelo envolvimento contínuo dos moradores no acompanhamento das obras.
Qual é o impacto das obras na comunidade local?
O impacto na comunidade de Sabará é amplo e positivo. A restauração foi possibilitada por uma parceria entre a AngloGold Ashanti, o Ministério Público de Minas Gerais, a Arquidiocese de Belo Horizonte e a Associação de Moradores e Amigos do Bairro Pompéu (Amap). A participação ativa de membros da comunidade durante o processo reforça o sentido de propriedade coletiva e conexão com a história local. Figuras como o senhor Aristóteles Inácio da Costa e a senhora Neuza Rosa Andrade ilustram esse comprometimento, com suas visitas e gestos diários que apoiaram moralmente os trabalhadores ao longo dos sete meses de obras.
Essa revitalização da Capela de Santo Antônio do Pompéu é uma vitória não só para a preservação do patrimônio histórico brasileiro, mas principalmente para a memória viva de uma comunidade que continua a se identificar ferozmente com seus legados culturais. Agora, a capela renova seu papel como guardiã das histórias que a cercam, bem como das histórias que estão por vir.