A partir de 2025, o sistema de saúde de Minas Gerais irá expandir a triagem neonatal através do teste do pezinho para diagnosticar 37 doenças raras adicionais. Atualmente, o estado já realiza exames para detecção de 23 doenças, mas a ampliação permitirá que todas as 60 doenças listadas no Programa Nacional de Triagem Neonatal sejam incluídas.
Os novos recursos destinados a essa ampliação são significativos, com um investimento anual previsto de aproximadamente R$ 64 milhões. Este orçamento será direcionado não apenas para os testes, mas também para exames complementares, diagnósticos e tratamentos necessários.
Como Funciona a Triagem Neonatal em Minas Gerais?
Em Minas Gerais, todas as amostras coletadas nos Centros de Saúde são enviadas para análise na Faculdade de Medicina da UFMG, em Belo Horizonte. Este laboratório especializado possui capacidade para analisar até 1.000 amostras diariamente, conforme informações do secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccherete.
Além da análise laboratorial, também está planejada a criação de uma rede de acolhimento para as crianças diagnosticadas com doenças raras. Este projeto envolve o apoio às famílias e a ampliação dos centros de referência em todo o estado, facilitando o acesso ao tratamento adequado.
Quais São os Benefícios Adicionais da Ampliação?
A criação da rede de acolhimento será respaldada por instituições renomadas, como hospitais em Juiz de Fora, o Hospital das Clínicas em Belo Horizonte, o Hospital João Paulo II e o Hospital Júlia Kubitschek. Esses centros não se dedicarão exclusivamente às doenças raras, mas permitirão que as crianças sejam direcionadas rapidamente para atendimento, garantindo eficácia na continuidade do cuidado.
Quando a Nova Rede Estará Operacional?
O plano prevê que toda a rede de acolhimento e triagem esteja em pleno funcionamento até julho de 2025. No entanto, o secretário Baccherete ressalta que a implementação será gradual. O principal desafio é a capacitação de profissionais da saúde, que exigirá tempo para atingir o nível ideal desejado.
O teste do pezinho, obrigatório para todos os recém-nascidos no Brasil, utiliza uma pequena amostra de sangue para diagnosticar doenças genéticas. A introdução antecipada de tratamentos com base nesses diagnósticos precoces pode prevenir complicações sérias e até reduzir a mortalidade.
Com o desenvolvimento dessa rede e a inclusão das novas doenças, Minas Gerais busca não apenas cumprir metas nacionais, mas também estabelecer um modelo de cuidado abrangente e integrado para apoiar as famílias e assegurar o bem-estar das crianças.