O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um auxílio do governo brasileiro voltado para pessoas com deficiência e idosos com 65 anos ou mais. Este benefício garante um salário mínimo mensal para aqueles que possuem condições financeiras limitadas, não podendo se sustentar nem serem sustentados por suas famílias. Em 2024, a legislação que regulamenta o BPC passou por alterações significativas com o objetivo de ajustar o acesso e o cálculo do benefício.
O presidente Lula sancionou a nova norma, mas com alguns vetos que podem influenciar o modo como o BPC será distribuído no futuro. Tais mudanças foram inicialmente propostas pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como parte de um pacote fiscal mais amplo. O objetivo declarado era restringir o acesso ao BPC para garantir uma economia fiscal prevista para os próximos anos.
Quais são as novas regras para o BPC?
O texto sancionado manteve a obrigatoriedade de uma avaliação para concessão do benefício às pessoas com deficiência, mas eliminou a exigência de que a deficiência seja moderada ou grave. Essa modificação evita tornar o acesso ainda mais restrito e deve ser objeto de futuras discussões para definição de critérios mais precisos que regulamentarão esta avaliação.
Além disso, o novo formato influenciou outras condições do BPC. Por exemplo, a renda de cônjuges ou companheiros que não moram na mesma casa do beneficiário não será considerada no cálculo da renda familiar. Esta decisão visa não prejudicar aqueles cujo sustento depende do benefício e cujas condições de vida não mudaram significativamente.
Como calcular a renda familiar para o BPC?
A nova legislação estabelece que todos os rendimentos brutos dos membros da família que residem na mesma casa sejam contabilizados, independentemente do parentesco. Ou seja, agora, não apenas os rendimentos diretos ligados ao núcleo familiar imediato serão considerados. Entretanto, o valor do próprio BPC recebido por qualquer membro da família não é incluído no cálculo da renda familiar.
- Rendimentos de cônjuges ou companheiros fora do lar são desconsiderados.
- O BPC de um membro não conta como renda adicional.
- Atualizações de cadastro são obrigatórias a cada 24 meses.
A biometria será uma exigência para o BPC?
Sim, a nova norma torna obrigatória a utilização da biometria para todos os beneficiários do BPC. No entanto, existem exceções, como quando as autoridades públicas não conseguem implementar a tecnologia em locais específicos. Isso visa aumentar a precisão nos cadastros e evitar fraudes, garantindo que os recursos públicos sejam direcionados a quem realmente necessita.
O que o futuro reserva para a regulamentação do BPC?
Apesar das mudanças recentes, ainda há pontos a serem discutidos e melhor detalhados no futuro, como a definição do regulamento para avaliação das pessoas com deficiência. O governo pretende enviar um novo projeto ao Congresso em 2025 para abordar essas questões. Desse modo, há esperança de que a regulamentação seja mais clara e acessível para todos os beneficiários, garantindo que o BPC cumpra sua função social de forma justa e eficaz.