A Kia oficializou durante o lançamento do EV5 seus planos para trazer o sedã K3 ao mercado brasileiro até o final de 2025. O anúncio marca uma nova etapa na estratégia da montadora sul-coreana de expandir sua presença no país com veículos que combinam design moderno e tecnologias avançadas.
O K3 será oferecido nas configurações hatchback e sedã, posicionando-se diretamente contra concorrentes estabelecidos como Chevrolet Onix Plus e Nissan Versa. O modelo sedã apresenta dimensões competitivas, com 4,545 metros de comprimento, 1,765 metro de largura e porta-malas de 544 litros. O veículo já é comercializado em mercados vizinhos como México, Argentina e Uruguai, demonstrando adaptação às condições regionais.
Quais obstáculos a Kia precisa superar?
Os acordos comerciais com o México facilitam a importação do K3 com tarifas reduzidas, mas o Grupo Gandini, responsável pela marca no Brasil, enfrenta desafios regulatórios significativos. A legislação brasileira exige índice mínimo de nacionalização de 60% para evitar sobretaxas, obrigando adaptações substanciais no projeto original.
A solução estudada envolve substituir o motor aspirado usado no México por uma unidade 1.0 turbo flex. Este propulsor, já utilizado no Kia Stonic, passará por modificações para operar com etanol e gasolina. A montadora também avalia implementar tecnologia micro-híbrida, o que tornaria o K3 o primeiro veículo da marca com esta configuração no mercado brasileiro.

Como será o equipamento das versões brasileiras?
As especificações do K3 no Uruguai indicam o padrão esperado para o Brasil. O modelo é oferecido nos acabamentos EX e GT-Line, com equipamentos de segurança como controles de tração e estabilidade, frenagem automática de emergência e assistente de partida em rampa incluídos de série.
A versão GT-Line adiciona central multimídia de 10,25 polegadas, sistema de iluminação ambiente com 64 opções de cores e bancos de couro bi-tom. Atualmente, ambas as configurações utilizam motor 1.4 aspirado de 94 cv acoplado a câmbio automático de seis marchas, registrando consumo médio de 15,6 km/l. Para o mercado brasileiro, motor e transmissão passarão por adaptações específicas.
Que inovações tecnológicas o modelo pode introduzir?
O desenvolvimento de um sistema micro-híbrido flex representa a principal inovação tecnológica do projeto brasileiro. Esta configuração inédita mundialmente combinaria eficiência energética com desempenho adequado, atendendo demandas crescentes por sustentabilidade sem comprometer a experiência de condução.
A Kia posiciona o K3 como resposta às expectativas de consumidores que buscam tecnologia avançada em veículos práticos e acessíveis. O lançamento integra a estratégia de longo prazo da marca de estabelecer presença sólida no Brasil, adaptando produtos às características específicas do mercado nacional e consolidando sua reputação de inovação tecnológica.