“A Substância” é um filme que explora temas contemporâneos como a obsessão pela juventude e a identidade pessoal. Dirigido por Coralie Fargeat, o longa-metragem conta a história de Elisabeth Sparkle, interpretada por Demi Moore, uma celebridade em declínio que enfrenta uma reviravolta em sua vida ao ser demitida de seu programa de fitness na televisão. Em busca de um novo começo, ela decide experimentar uma droga clandestina que promete replicar suas células, criando uma versão mais jovem e aprimorada de si mesma.
O filme, que causou burburinho no Festival de Cannes 2024, é uma fábula de terror que mistura críticas ao etarismo em Hollywood com uma reflexão inquietante sobre a obsessão pela juventude. A narrativa aborda de forma visceral questões de perfeição, envelhecimento e autoimagem, trazendo à tona debates relevantes sobre até onde as pessoas estão dispostas a ir pela aceitação e pela aparência ideal.
Qual é a trama central de “A Substância”?
Em “A Substância“, Elisabeth Sparkle se vê dividida entre suas duas versões: a original e a jovem, interpretada por Margaret Qualley. Ambas devem coexistir e dividir o tempo, enfrentando os desafios da fama e da identidade. A droga que Elisabeth consome promete uma vida melhor, mas com a condição de que cada versão dela tenha uma semana para viver, criando um equilíbrio frágil e complexo.
O filme utiliza essa premissa para explorar o impacto da busca incessante pela juventude e a pressão para se manter relevante em uma indústria que valoriza a aparência acima de tudo. A narrativa levanta questões sobre a autenticidade e o preço que se paga por tentar ser perfeito em todos os sentidos.
![Você Não Está Preparado para o que Acontece em "A Substância"](https://www.em.com.br/emfoco/wp-content/uploads/2025/01/4K-1-5-1024x576.jpg)
Como “A Substância” aborda o horror corporal e a crítica social?
Coralie Fargeat, conhecida por seu trabalho em “Vingança” (2017), traz em “A Substância” um horror corporal feminista que combina elementos de terror com uma crítica social incisiva. O filme não apenas cativa pela sua trama, mas também pela maneira como aborda temas contemporâneos de forma brutal e direta. A narrativa é uma montanha-russa emocional que desafia o espectador a refletir sobre as normas sociais e a pressão pela perfeição.
O uso do horror corporal serve como uma metáfora para a transformação e a luta interna de Elisabeth, destacando a fragilidade da identidade humana e a complexidade das escolhas pessoais. A direção ousada de Fargeat e as performances brilhantes do elenco contribuem para uma experiência cinematográfica perturbadora e inesquecível.
Quais são as curiosidades e desafios enfrentados durante as filmagens?
Durante a produção de “A Substância”, alguns desafios e curiosidades marcaram o processo de filmagem. Inicialmente, Ray Liotta foi escalado para o filme, mas faleceu antes de poder filmar suas cenas, sendo substituído por Dennis Quaid. Além disso, Demi Moore, aos 61 anos, expressou nervosismo ao filmar cenas de nudez total, mas destacou o apoio de Margaret Qualley, que também atuou nua, como fundamental para se sentir confortável no set.
Outro fato interessante é o reencontro indireto entre Demi Moore e Andie MacDowell, mãe de Margaret Qualley, com quem Moore trabalhou em “O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas” de 1985. Essas histórias de bastidores adicionam uma camada extra de interesse ao filme, que já se destaca por sua narrativa inovadora e provocativa.