O início de 2024 trouxe um aumento significativo no custo da cesta básica em diversas capitais brasileiras. De acordo com um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 13 das 17 capitais pesquisadas registraram alta nos preços dos alimentos essenciais. Salvador liderou o aumento com 6,22%, seguida por Belém e Fortaleza.
O levantamento destacou que São Paulo apresentou a cesta básica mais cara, com um custo de R$ 851,82, representando 60% do salário mínimo vigente. Em contrapartida, algumas capitais como Porto Alegre e Vitória observaram uma redução nos preços, embora de forma menos expressiva.
Quais Fatores Contribuíram para o Aumento dos Preços?
O aumento nos preços da cesta básica pode ser atribuído a diversos fatores econômicos. Entre os principais, destaca-se a valorização do dólar, que impacta diretamente o custo de importação de insumos agrícolas. Além disso, questões internas como a política monetária do Banco Central também foram apontadas como influentes na inflação dos alimentos.
O presidente Lula comentou sobre a situação, sugerindo que a população evite comprar alimentos com preços elevados, forçando assim uma possível redução nos valores. Essa estratégia, segundo ele, poderia pressionar os vendedores a ajustarem os preços para baixo.

Quais Produtos Mais Impactaram a Cesta Básica?
O Dieese identificou três produtos como os principais responsáveis pelo aumento no custo da cesta básica: o café em pó, o tomate e o pão francês. Esses itens tiveram reajustes significativos, elevando o preço total da cesta. Por outro lado, produtos como a batata, o leite integral, o arroz agulhinha e o feijão preto ajudaram a conter um aumento ainda maior.
Esses produtos essenciais são amplamente consumidos pela população, e suas variações de preço afetam diretamente o orçamento das famílias brasileiras, especialmente aquelas de baixa renda.
Como Estão os Preços da Cesta Básica nas Capitais?
Os preços da cesta básica variam significativamente entre as capitais brasileiras. Abaixo está uma lista com os valores registrados em algumas cidades:
- São Paulo – R$ 851,82
- Florianópolis – R$ 808,75
- Rio de Janeiro – R$ 802,88
- Porto Alegre – R$ 770,63
- Campo Grande – R$ 764,24
- Goiânia – R$ 756,92
- Brasília – R$ 756,03
- Curitiba – R$ 743,69
- Vitória – R$ 735,31
- Belo Horizonte – R$ 717,51
- Fortaleza – R$ 700,44
- Belém – R$ 697,81
- Natal – R$ 634,11
- Salvador – R$ 620,23
- João Pessoa – R$ 618,64
- Recife – R$ 598,72
- Aracaju – R$ 571,43
O Que Esperar para o Futuro dos Preços dos Alimentos?
O cenário econômico atual sugere que os preços dos alimentos podem continuar a variar, dependendo de fatores como a política econômica nacional e as condições climáticas que afetam a produção agrícola. A inflação dos alimentos é uma preocupação constante, e medidas para mitigar seus efeitos são essenciais para garantir a segurança alimentar da população.
O governo e as entidades econômicas monitoram de perto essas variações, buscando soluções que possam estabilizar os preços e tornar a cesta básica mais acessível a todos os brasileiros.