Recentemente, um esquema de fraude envolvendo aluguéis de imóveis de luxo foi desmantelado pela 19ª Delegacia de Polícia (DP) da Tijuca. O grupo criminoso, composto por Eduardo Osório de Oliveira, Bruno de Souza Pinto e Letícia Wagner Pereira, foi preso em flagrante após uma investigação detalhada. O trio utilizava dados roubados de vítimas para criar perfis falsos em plataformas de locação, simulando ser locatários legítimos.
O modus operandi do grupo envolvia a obtenção de informações pessoais de clientes de alta renda, especialmente aqueles com rendimentos superiores a R$ 40 mil mensais. Eduardo Osório, funcionário de uma empresa de telefonia, era responsável por acessar esses dados, incluindo selfies das vítimas, que eram utilizados para construir perfis falsos e anunciar imóveis de luxo para aluguel.
Como funcionava o esquema de fraude?
O esquema de fraude era sofisticado e bem articulado. Os criminosos criavam anúncios falsos de imóveis de luxo em plataformas de aluguel online. Eles próprios se passavam por inquilinos, utilizando os dados roubados para validar suas identidades falsas. Quando chegava o momento de pagar o aluguel, o grupo deixava de fazê-lo, acionando a garantia oferecida pelas plataformas, que cobriam a inadimplência.

De acordo com o delegado Álvaro Gomes, titular da 19ª DP, o golpe era lucrativo para os criminosos, pois as plataformas acabavam ressarcindo o valor do aluguel não pago, beneficiando diretamente os golpistas. Essa prática criminosa não apenas prejudicava as plataformas, mas também causava danos significativos às vítimas cujos dados foram utilizados sem consentimento.
Quais as acusações contra o trio?
O trio enfrenta várias acusações graves, incluindo associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. O artigo 288 do Código Penal, que trata da associação criminosa, é uma das bases para as acusações. Além disso, a falsificação de documentos e o uso indevido de informações pessoais agravam a situação legal dos envolvidos.
Durante a operação policial, quando os agentes chegaram à residência de Bruno de Souza Pinto, ele tentou se passar por outra pessoa. Na casa, foram encontrados diversos documentos falsos e cartões de crédito em nome de terceiros, evidências que reforçam as acusações contra o grupo.
O alcance do crime: outros estados estão envolvidos?
A investigação ainda está em andamento para determinar se o grupo atuava em outros estados além do Rio de Janeiro. A possibilidade de uma rede mais ampla de fraudes está sendo considerada, e a polícia continua a apurar se há mais vítimas e cúmplices envolvidos no esquema.
Este caso destaca a importância de medidas rigorosas de segurança em plataformas de aluguel e a necessidade de vigilância constante por parte dos usuários para proteger suas informações pessoais. A ação da 19ª DP é um passo significativo na luta contra fraudes digitais, mas ressalta a complexidade e a sofisticação dos crimes cibernéticos na era digital.