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A polêmica Emilia Pérez, um filme que desafia e provoca reflexões profundas

Kelvin Por Kelvin
21/06/2025
Em Entretenimento, Filmes
A polêmica Emilia Pérez, um filme que desafia e provoca reflexões profundas

Emilia Pérez - Trailer/Youtube/Pathe

O que deveria ser uma celebração do cinema francês se transformou numa das maiores controvérsias culturais de 2025. Emilia Pérez, dirigido por Jacques Audiard, conquistou 13 indicações ao Oscar e levou para casa troféus no Globo de Ouro e BAFTA, mas gerou uma reação oposta no México, país que serve como cenário para sua narrativa sobre narcotráfico e identidade de gênero.

A produção francesa tornou-se um divisor de águas entre o reconhecimento internacional e a rejeição local. Enquanto júris de festivais e críticos europeus aplaudem a ousadia narrativa de Audiard, o público mexicano classificou o filme como superficial e ofensivo. Esta polarização expõe tensões profundas sobre representação cultural, apropriação narrativa e os limites da liberdade artística no cinema contemporâneo.

Por que o diretor admitiu não ter pesquisado sobre o México?

Em entrevista que aumentou ainda mais a polêmica, Jacques Audiard confessou que não realizou pesquisa aprofundada sobre a realidade mexicana antes de criar Emilia Pérez. “Não, não estudié tanto. Lo que tenía que entender ya lo sabía un poco”, declarou o cineasta francês, revelando uma abordagem que priorizou sua visão artística sobre a fidelidade cultural.

A confissão do diretor alimentou críticas de que o filme perpetua estereótipos sobre o México baseados em referências americanas e europeias superficiais. Audiard defendeu sua escolha afirmando que prefere “escribir la leyenda” em vez da verdade, posicionando Emilia Pérez como uma ópera estilizada, não um retrato documental. No entanto, esta justificativa não amenizou a revolta de mexicanos que consideram irresponsável abordar temas sensíveis como desaparecimentos forçados sem o devido rigor investigativo.

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Como as vítimas do narcotráfico reagiram à representação no filme?

A maior indignação surge da forma como Emilia Pérez aborda a crise de desaparecimentos forçados no México, tema tratado através de números musicais que foram considerados insensíveis e inapropriados. O filme apresenta sequências coreografadas sobre a busca por desaparecidos, uma realidade que afeta mais de 100 mil famílias mexicanas, transformando tragédia social em espetáculo musical.

As canções, compostas por Camille, incluem versos como “Bienvenida a tu país amado, bonita” que soam artificiais e desconectados da gravidade do tema. Usuários mexicanos nas redes sociais descreveram as letras como “escritas com Google Translate”, criticando não apenas a qualidade linguística, mas a superficialidade com que abordam questões de vida e morte. A combinação de elementos musicais com fossa clandestinas e corpos de vítimas foi vista como uma trivialização inaceitável da dor das famílias afetadas.

Qual foi o impacto da polêmica de Karla Sofía Gascón nas premiações?

A controvérsia se intensificou quando foram descobertos tuítes antigos de Karla Sofía Gascón, protagonista trans do filme, contendo conteúdo racista e islamofóbico. A revelação, feita pela jornalista Sarah Hagi, abalou a campanha do Oscar e forçou Audiard a se distanciar publicamente da atriz. “Quando tienes una relación de confianza y de repente lees algo que esa persona ha dicho, cosas que son absolutamente odiosas”, declarou o diretor.

O escândalo expôs contradições na narrativa de representatividade que cercava Emilia Pérez. Gascón se apresentou como vítima de uma campanha difamatória, mas Audiard demonstrou irritação com sua postura. Durante a temporada do Oscar, o diretor se recusou a falar sobre questões trans quando não ganhou nas categorias principais, gerando críticas de que utilizou a causa LGBTQ+ apenas como estratégia de marketing. “Solo cuando me conviene”, resumiram usuários nas redes sociais sobre a atitude do cineasta.

Por que Selena Gomez se tornou alvo de críticas específicas?

Selena Gomez, apesar de sua ascendência mexicana, foi duramente criticada por sua performance em espanhol, idioma que não domina nativamente. Inicialmente, seu personagem Jessi Del Monte seria mexicano, mas foi modificado para americano vivendo no México para justificar o sotaque da atriz. Esta mudança foi vista como artifício para contornar limitações linguísticas em vez de buscar autenticidade cultural.

Eugenio Derbez classificou publicamente a atuação de Gomez como “indefendible”, comentário que inicialmente gerou polêmica mas posteriormente foi respaldado por espectadores mexicanos. A crítica se estende além da questão linguística, abordando a prática de escolher estrelas hollywoodianas para papéis que poderiam ser interpretados por atores mexicanos com maior familiaridade cultural. Esta decisão reflete tensões mais amplas sobre representação autêntica versus apelo comercial no cinema internacional.

Como a resistência mexicana influenciou a recepção global do filme?

O fracasso de bilheteria de Emilia Pérez no México contrasta drasticamente com seu sucesso internacional, revelando como contexto cultural afeta profundamente a recepção cinematográfica. Enquanto o filme arrecadou prêmios em Cannes, Globo de Ouro e BAFTA, foi amplamente rejeitado pelo público para o qual teoricamente deveria ser mais relevante.

Audiard tentou justificar esta disparidade argumentando que “la película no se dirige solo a México” e que ajudou a visibilizar temas importantes. No entanto, sua defesa foi interpretada como condescendente, especialmente quando afirmou que “nunca se había hablado tanto sobre los desaparecidos” por causa de seu filme. Esta perspectiva ignora décadas de ativismo, jornalismo e arte mexicana dedicados ao tema, sugerindo que apenas a validação europeia torna questões locais dignas de atenção internacional. A resistência mexicana se tornou parte integral da narrativa global sobre Emilia Pérez, transformando o filme num estudo de caso sobre os limites éticos da apropriação cultural no cinema contemporâneo.

Tags: filmeMéxicoNetflixOscar

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