Em dezembro de 2024, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou um reajuste de 5,25% no piso salarial regional. O Projeto de Lei 357/2024, proposto pelo Executivo, recebeu 40 votos favoráveis e apenas três contrários. Este reajuste visa recompor o poder de compra dos trabalhadores diante da inflação, além de manter a competitividade econômica do estado.
Os novos valores do piso salarial são divididos em cinco faixas, variando de R$ 1.656,52 a R$ 2.099,27. Esses valores são aplicáveis a categorias profissionais que não possuem acordos coletivos específicos. A medida entrará em vigor após a sanção e publicação da lei, sem efeitos retroativos.
Quais são os novos valores do piso salarial no Rio Grande do Sul?
O reajuste impacta diversas categorias profissionais, organizadas em cinco faixas salariais. Cada faixa abrange diferentes setores da economia, refletindo a diversidade do mercado de trabalho no estado.

- Faixa I: R$ 1.656,52 – Inclui trabalhadores da agricultura, pecuária, empregados domésticos, construção civil, turismo, hospitalidade e motoboys.
- Faixa II: R$ 1.694,66 – Abrange indústrias de vestuário, calçados, papel, couro, serviços de saúde, limpeza, telecomunicações e hotelaria.
- Faixa III: R$ 1.733,10 – Destinada a indústrias de alimentação, mobiliário, farmacêutica, cinematográfica, trabalhadores do comércio e movimentadores de mercadorias.
- Faixa IV: R$ 1.801,55 – Cobre indústrias metalúrgicas, gráficas, vidros, cristais, seguros, educação, vigilância e setores náuticos.
- Faixa V: R$ 2.099,27 – Voltada para profissionais técnicos de nível médio em cursos integrados, subsequentes ou concomitantes.
Impactos do reajuste para trabalhadores e economia
O reajuste do piso salarial regional traz uma série de impactos para os trabalhadores e a economia do Rio Grande do Sul. Entre os principais efeitos, destacam-se a melhoria do poder de compra, ajustes no emprego formal e repercussões no setor produtivo.
- Melhoria do poder de compra: A recomposição salarial visa mitigar os efeitos da inflação, proporcionando melhores condições de consumo para as famílias.
- Impacto sobre o emprego formal: As empresas precisarão ajustar suas folhas salariais, o que pode estimular o mercado de trabalho e reduzir a informalidade.
- Ajustes para micro e pequenas empresas: Empresas de menor porte podem enfrentar desafios financeiros, exigindo planejamento para absorver os custos do reajuste.
- Repercussão no setor produtivo: Setores como indústria e comércio devem se adaptar ao aumento salarial, potencialmente impulsionando o consumo interno.
Quais outros estados adotam o piso salarial regional?
Além do Rio Grande do Sul, outros estados brasileiros também implementam um piso salarial regional, ajustado conforme a realidade econômica local. Esses pisos visam garantir melhores condições financeiras para os trabalhadores.
- São Paulo: Possui um piso salarial dividido em duas faixas, com valores de R$ 1.550,00 e R$ 1.600,00.
- Rio de Janeiro: O piso é dividido em diversas faixas, variando de R$ 1.238,11 a R$ 3.158,96, dependendo da categoria profissional.
- Paraná: Apresenta quatro faixas salariais, com valores entre R$ 1.749,02 e R$ 2.017,28.
- Santa Catarina: Adota um piso regional com quatro faixas, variando de R$ 1.416,00 a R$ 1.792,00.
Considerações sobre o reajuste do piso salarial
O reajuste de 5,25% no piso salarial regional do Rio Grande do Sul reflete um compromisso com a valorização da mão de obra e a manutenção da competitividade econômica do estado. Com os novos valores, trabalhadores de diversas categorias terão um reforço na renda, contribuindo para o fortalecimento do mercado de trabalho e da economia local.
Entretanto, a medida também exige adaptações por parte das empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, que precisarão gerenciar os impactos financeiros desse reajuste. Em um cenário de recuperação econômica, a implementação desse aumento deve ser acompanhada de medidas que estimulem a geração de empregos e o fortalecimento das relações trabalhistas no estado.