Todo mundo já ouviu falar de alguém que comprou um carro em leilão e saiu no lucro. Mas será que é assim mesmo? A verdade é que o mundo dos leilões pode ser uma mina de ouro ou um campo minado, dependendo de quanta lição de casa você fez antes. Não é só chegar lá e dar lance no primeiro carro bonito que aparecer.
Esses eventos são como uma feira diferente. Tem de tudo: carros que bateram, outros que foram recuperados pela polícia, veículos de empresas que fecharam. O lance é que os preços podem ser bem menores que nas concessionárias. Mas atenção: nem tudo que reluz é ouro. Às vezes o barato sai caro, principalmente se você não souber onde está pisando.
Por que tantas pessoas se interessam por leilões hoje em dia?
A resposta é simples: dinheiro no bolso. Com a economia apertada, todo mundo quer economizar na hora de comprar um carro. Nos leilões, você pode encontrar veículos com desconto de até 30% do valor de mercado. Para quem está contando cada centavo, isso faz toda a diferença.
Além disso, tem a questão da variedade. Nos leilões você encontra desde carros populares até modelos mais sofisticados que normalmente estariam fora do seu orçamento. É como ter acesso a um catálogo gigante onde pode aparecer aquele carro dos sonhos por um preço que cabe no bolso. Só que, claro, sempre tem o “mas” da história.
Quais são as pegadinhas que ninguém te conta?
A primeira pegadinha é óbvia: você não pode testar o carro antes de comprar. É como comprar roupa pela internet, mas muito pior. O carro pode estar com problema no motor, na suspensão, ou ter aquele barulhinho estranho que só aparece depois. E quando você descobrir, já era – o carro é seu, com defeito e tudo.
Outra coisa que pega muita gente é os custos extras. Tem taxa do leiloeiro, tem que pagar pra buscar o carro, às vezes tem multa pendente. No final das contas, aquela pechincha de 30% pode virar desconto de 5%. E se o carro tiver algum problema sério, você ainda pode acabar gastando mais do que se tivesse comprado numa loja comum.
Como fazer uma pesquisa antes de dar qualquer lance?
Primeiro passo: vira detetive. Pesquise tudo sobre o carro que você quer. Veja quanto ele vale no mercado, quais são os problemas mais comuns daquele modelo, quanto custa a manutenção. Sites como Tabela FIPE são seus melhores amigos nessa hora.
Se possível, vá até o local onde o carro está e dê uma olhada pessoalmente. Mesmo que você não entenda muito de mecânica, dá pra perceber coisas básicas: se tem ferrugem, se os pneus estão gastos de forma estranha, se tem cheiro de mofo ou queimado. E leia o edital do leilão inteirinho, mesmo que seja chato. Ali estão todas as regras do jogo.
Quando vale a pena arriscar e quando é melhor correr?

Vale a pena quando você tem dinheiro guardado para possíveis reparos e quando conhece bem o modelo que está comprando. Se você é do tipo que mexe em carro ou tem um mecânico de confiança, o risco diminui bastante. Também vale quando você não está com pressa – assim pode esperar a oportunidade certa aparecer.
Melhor correr quando você precisa do carro urgentemente ou quando é seu primeiro carro. Também fuja se você não tem uma reserva de emergência para reparos. Leilão não é lugar para ansioso ou para quem está contando os centavos. É preciso ter frieza na cabeça e dinheiro extra no bolso.
Qual é a estratégia dos compradores que sempre saem ganhando?
Os espertos fazem assim: escolhem alguns modelos específicos e viram especialistas neles. Sabem de cor qual é o preço justo, quais problemas podem aparecer, quanto custa cada peça. Não saem dando lance em qualquer coisa que pareça barata.
Eles também estabelecem um limite máximo antes mesmo de começar o leilão e não passam disso por nada. É como ir ao shopping com uma quantia fixa na carteira – quando acaba, acabou. E sempre calculam todos os custos extras antes de fazer a conta final. No final, eles sabem que paciência é a chave: às vezes você vai embora de mãos vazias, mas uma hora aparece a oportunidade perfeita.