A Volvo está fazendo uma aposta corajosa no mercado brasileiro. O EX90 chega em 2025 como o substituto elétrico do querido XC90, prometendo revolucionar o conceito de SUV de luxo no país. Não é só mais uma versão eletrificada de um modelo existente – é um carro pensado do zero para a era elétrica. A marca sueca quer provar que é possível manter toda aquela segurança e conforto tradicional enquanto abraça o futuro da mobilidade.
O grande desafio é conquistar quem já ama o XC90 com motor a combustão. A Volvo precisa mostrar que o elétrico não é uma versão “castrada” do original, mas sim uma evolução natural. É uma transição delicada que pode definir o futuro da marca no Brasil.
Como o visual do EX90 se diferencia dos SUVs tradicionais?
O EX90 abandonou completamente a grade frontal tradicional, substituindo-a por um painel limpo que grita “eu sou elétrico”. Os faróis mantêm aquela identidade visual da Volvo que todo mundo reconhece, mas com um toque futurista. As linhas são mais fluidas que o XC90, priorizando a aerodinâmica sobre a imponência bruta. É um design que conversa com o vento, não que luta contra ele.
A traseira ganhou lanternas redesenhadas que esticam visualmente a largura do carro. Os espelhos retrovisores sumiram, substituídos por câmeras que deixam o perfil mais limpo. É um visual que fala “futuro” sem ser alienígena demais para o gosto brasileiro. A Volvo conseguiu equilibrar inovação com familiaridade de forma inteligente.

Por que o interior minimalista funciona melhor no elétrico?
O interior do EX90 é puro design escandinavo: limpo, funcional e sofisticado. A tela central de 14 polegadas domina o painel, concentrando quase todas as funções do carro. Mas a Volvo foi esperta em manter alguns controles físicos para funções essenciais – ninguém quer ficar mexendo em menu touch screen pra ligar o ar-condicionado. Os materiais são sustentáveis sem parecer “ecológicos demais”, criando um ambiente premium de verdade.
O espaço interno é generoso, com terceira fileira de bancos que funciona de verdade, não só pra emergência. É versatilidade que o brasileiro valoriza, especialmente em SUVs dessa categoria. A digitalização foi pensada para simplificar, não complicar a vida de quem dirige.
Que tecnologias fazem o EX90 se destacar?
O EX90 vem equipado com Lidar, tecnologia que coloca o carro na fronteira da condução semi-autônoma. Os motores elétricos entregam potência robusta com aquela suavidade característica dos elétricos – sem trancos, sem ruído, só força linear. O sistema de atualizações remotas garante que o carro evolua com o tempo, recebendo melhorias via software como um smartphone.
A condução é silenciosa, de uma forma que surpreende quem está acostumado com motores a combustão. É como dirigir numa biblioteca, mas com toda a potência de que você precisa quando pisa fundo. Os sistemas de assistência são avançados sem ser intrusivos demais.

Vale a pena esperar pelo EX90 no Brasil?
Com preço estimado em R$ 700 mil, o EX90 se posiciona no topo da pirâmide dos SUVs elétricos brasileiros. É caro? Sim. Mas estamos falando de tecnologia de ponta, luxo escandinavo e a promessa de praticamente zero manutenção de motor. Para quem já estava considerando um SUV importado nessa faixa, o EX90 oferece algo que nenhum concorrente a combustão consegue: relevância futura.
A Volvo está apostando que o mercado brasileiro está maduro para aceitar SUVs elétricos premium. É uma aposta arriscada, considerando nossa infraestrutura de carregamento ainda limitada. Mas quem compra carro de R$ 700 mil geralmente tem garagem própria e pode instalar carregador doméstico.
O EX90 representa o futuro dos SUVs de luxo?
O Volvo EX90 chega num momento crucial para a indústria automotiva brasileira. É o teste definitivo para saber se o mercado nacional está pronto para aceitar SUVs elétricos de luxo como alternativa real aos importados tradicionais. A Volvo não está apenas vendendo um carro – está vendendo uma visão de futuro onde performance, luxo e sustentabilidade caminham juntos.
O sucesso do EX90 pode abrir portas para outros fabricantes trazerem seus elétricos premium para cá. Se der errado, pode atrasar essa transição por anos. A marca sueca virou pioneira involuntária de um mercado que ainda está se descobrindo. É responsabilidade grande, mas a Volvo sempre gostou de desafios quando o assunto é inovação.