Entre 2023 e 2024, o governo federal cancelou 4,1 milhões de pagamentos irregulares do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A medida, anunciada pelo ministro da Assistência Social, Wellington Dias, faz parte de um esforço para combater fraudes e garantir que os recursos cheguem a quem realmente precisa.
O governo reforça que essa ação não prejudicará beneficiários legítimos, mas visa corrigir distorções e melhorar a eficiência dos programas sociais.
Por que o governo cortou R$ 7,6 bilhões do Bolsa Família?
A crescente pressão sobre o orçamento federal levou o governo a reduzir R$ 7,6 bilhões dos recursos destinados ao Bolsa Família em 2025. Esse corte acontece em meio a um cenário de aumento dos gastos sociais e da necessidade de ajustes fiscais.
Apesar do impacto financeiro, o governo assegura que os beneficiários regulares não serão afetados. O corte, segundo o ministro Dias, será compensado pela eliminação de pagamentos indevidos.

Como o governo está intensificando a fiscalização dos benefícios?
Para evitar novos pagamentos irregulares, o governo federal lançou o Plano de Ação 2025, estruturado em três pilares principais:
- Qualificação do Cadastro Único para evitar cadastros fraudulentos
- Reforço da fiscalização para identificar irregularidades mais rapidamente
- Prevenção de fraudes com tecnologia e análise de dados
Essas medidas visam impedir que recursos sejam desviados e garantir a transparência dos programas sociais.
O papel da Polícia Federal no combate às fraudes
A Polícia Federal terá um papel fundamental na identificação de beneficiários irregulares. A ação será realizada em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Gestão e Inovação e o Ministério da Assistência Social.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, anunciou que um acordo de cooperação técnica será assinado em breve para permitir a troca ágil de dados entre os órgãos e fortalecer o combate a fraudes.
O que esperar para o futuro do Bolsa Família e do BPC?
Com o Plano de Ação 2025, o governo espera reduzir drasticamente as fraudes e garantir que o dinheiro público beneficie exclusivamente quem realmente precisa.
O aperfeiçoamento da fiscalização e o uso de tecnologia devem tornar os programas sociais mais eficientes e sustentáveis. A expectativa é que, com essas mudanças, o Bolsa Família e o BPC continuem a cumprir seu papel essencial no combate à pobreza no Brasil.