Em 2025, o governo federal do Brasil definiu o salário mínimo em R$ 1.518,00, representando um aumento de R$ 106,00 em relação ao ano anterior. Esse reajuste de 7,5% foi estabelecido com base na legislação aprovada em 2023, que visa a valorização do salário mínimo. A nova regra, sancionada pelo Senado em dezembro de 2024, determina que a correção anual siga a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mas limita o ganho real entre 0,6% e 2,5%.
O decreto que oficializou o novo valor foi assinado em 30 de dezembro de 2024, assegurando que o reajuste seguisse o índice máximo permitido. Essa decisão reflete uma política de ajuste que busca equilibrar a valorização do salário mínimo com a sustentabilidade fiscal do país.
Como o reajuste do salário mínimo é calculado
O reajuste do salário mínimo é determinado por uma fórmula que considera múltiplos fatores econômicos. Conforme a lei de 2023, o aumento deve levar em conta a inflação medida pelo INPC e um ganho real entre 0,6% e 2,5%. Esse modelo foi desenvolvido para garantir que o salário mínimo preserve seu poder de compra e ofereça um incremento real ao trabalhador.
Anteriormente, o cálculo também incluía o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes do reajuste. Isso possibilitava aumentos mais expressivos em tempos de crescimento econômico. No entanto, a nova metodologia busca um equilíbrio mais sustentável, especialmente diante de eventuais crises econômicas.
Quem será impactado pelo novo salário mínimo
O reajuste do salário mínimo tem efeitos diretos sobre milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais. Com o novo valor, espera-se que o poder de compra seja mantido, mesmo diante de um cenário econômico desafiador. Além disso, o aumento do salário mínimo influencia benefícios previdenciários e assistenciais, garantindo reajustes anuais para aposentadorias e pensões.

Para o senador Rogério Carvalho, relator do projeto, a nova regra oferece proteção não apenas aos trabalhadores, mas também aos aposentados e pensionistas. Segundo ele, mesmo durante períodos de recessão econômica, o ganho real de 0,6% representa uma segurança mínima contra a inflação.
Críticas e desafios da nova política salarial
Apesar dos benefícios, a nova política de reajuste do salário mínimo não passou sem críticas. O líder da oposição, senador Rogério Marinho, manifestou preocupação com o impacto fiscal da medida. Ele argumenta que a vinculação de benefícios ao salário mínimo pode sobrecarregar as finanças públicas, criando um ciclo de reajustes que pode ser insustentável a longo prazo.
Marinho chegou a comparar a situação a um “cachorro correndo atrás do próprio rabo”, alertando que o governo pode precisar revisar sua política para evitar um possível colapso financeiro. Esse debate ressalta o desafio de equilibrar a valorização do salário mínimo com a responsabilidade fiscal.
O que esperar do salário mínimo nos próximos anos
A nova metodologia de reajuste do salário mínimo permanecerá em vigor até 2030, garantindo previsibilidade para trabalhadores e beneficiários. No entanto, o debate sobre a melhor maneira de corrigir o salário mínimo continuará. Enquanto alguns defendem aumentos mais significativos, outros alertam para os riscos fiscais de reajustes elevados.
O grande desafio do governo será encontrar um equilíbrio que permita a valorização do salário mínimo sem comprometer a estabilidade econômica do país. Diante das constantes mudanças na economia global, as políticas de reajuste precisarão ser flexíveis e sustentáveis para atender às necessidades da população brasileira.