Zack Snyder não consegue fazer um filme simples. Rebel Moon: Parte 2 – Maldição de Perdão chegou em 2024 na versão do diretor. Com mais cenas, mais violência e mais complexidade. É o Snyder sendo Snyder ao máximo.
O primeiro filme dividiu opiniões como sempre. A crítica não curtiu muito. Mas os fãs de ficção científica abraçaram de cara. Agora Snyder tenta convencer todo mundo com uma versão expandida. Mais longa, mais brutal, mais explicada.
A pergunta é: as mudanças realmente melhoraram o filme? Ou só deixaram tudo mais longo e complicado? Vamos descobrir.
O que mudou da versão original?
A primeira grande mudança foi tirar a narração do robô Jimmy. Anthony Hopkins dublava o personagem. A voz dele guiava a história toda. Agora Snyder preferiu prólogos explicativos que mostram ao invés de contar.
Esses prólogos mostram melhor a ameaça do Mundo-Mãe. Explicam quem é Balisarius e como funciona seu exército militar. É informação que faltava no primeiro corte. Muita gente ficou perdida na primeira versão. Agora está mais claro.
Kora, personagem da Sofia Boutella, ganhou muito mais desenvolvimento. Flashbacks mostram sua relação complicada com Balisarius. A dinâmica política com seu pai adotivo. Agora entendemos melhor por que ela age de certas formas. Por que toma certas decisões.
O mundo criado por Snyder também ficou mais detalhado. Figurinos e cenários sempre foram bonitos. Agora têm ainda mais destaque. A cultura do Mundo-Mãe aparece mais. A história por trás de tudo fica mais rica.
Por que a ação ficou mais intensa?
Snyder aproveitou a classificação etária mais alta. Colocou bem mais violência gráfica nas batalhas. Personagens como Milius, Tarak e General Titus se destacam nas cenas de guerra. É brutal de ver.
A descida do Noble nas trincheiras virou algo bem sangrento. Snyder quer que você odeie o cara. E consegue com essas cenas brutais. É impossível não sentir aversão pelo personagem.
Jimmy ganhou mais momentos de ação decisivos. O robô aparece em pontos cruciais da batalha. Adiciona tensão nos momentos certos. Vira peça chave na história.
As cenas de guerra ficaram mais elaboradas e dinâmicas. Snyder sabe filmar ação como poucos. Quando tem liberdade total, ele capricha nos detalhes. Cada explosão, cada tiro, cada movimento tem peso.
Vale a pena assistir se você não curtiu a primeira?
Difícil dizer. Se você não gostou do estilo do Snyder, essa versão não vai te converter. É mais do mesmo, só que expandido. O DNA do filme continua igual.
Mas se você curtiu a ideia, mas achou confuso, pode valer a tentativa. Os prólogos realmente ajudam a entender melhor a história. As motivações ficam mais claras.
A versão do diretor é bem mais longa. Tem muito mais desenvolvimento de personagem. Se você tem paciência para isso, pode gostar mais. Se prefere ação direto, vai achar arrastado.
Os personagens melhoraram mesmo?
Kora definitivamente ficou mais interessante. Os flashbacks mostram sua história traumática com Balisarius. Entendemos melhor suas motivações. Por que ela luta. O que a move.
General Titus e Jimmy ganharam muito mais tempo de tela. Não são só coadjuvantes agora. Têm personalidade própria. Histórias que importam.
Noble continua sendo o vilão que você ama odiar. As cenas brutais só reforçam isso. Ele é desprezível de propósito.
O problema é que alguns personagens ainda parecem meio genéricos. Snyder melhorou, mas não resolveu tudo. Alguns ainda são só função na história.
A violência exagerou?
Snyder sempre gostou de ação brutal. Aqui ele teve carta branca total. As cenas de guerra são bem pesadas. Sangue, morte, destruição. Não é para estômago fraco.
Se você não curte violência gráfica, pode incomodar bastante. Snyder não economiza no sangue. É guerra de verdade na tela.
Mas faz sentido para a história que ele quer contar. É um filme sobre guerra e resistência. A violência mostra as consequências reais dos conflitos. Não romantiza nada.
Snyder acertou com essa versão?
Para os fãs dele, com certeza absoluta. A versão do diretor é mais próxima da visão original. Tem tudo que ele queria mostrar desde o início.
Para quem não conhece o trabalho dele, pode ser pesado demais. Snyder não faz filmes para todo mundo. É um gosto bem específico. Ou você ama ou odeia.
A técnica é impecável como sempre. Fotografia, efeitos especiais, trilha sonora – tudo de primeira qualidade. É cinema de grande produção mesmo.
Onde assistir e o que esperar?
Rebel Moon: Parte 2 está disponível na Netflix. A versão do diretor é a que realmente vale a pena. Esqueça a versão original.
O filme aponta claramente para uma continuação. Snyder criou um universo extenso. Tem material para várias sequências. O epílogo deixa isso bem claro.
Se você curtiu, prepare-se para mais aventuras. Se não curtiu, provavelmente não vai mudar de opinião agora. É Snyder sendo Snyder.
Zack Snyder conseguiu salvar Rebel Moon?
Salvar é uma palavra forte demais. Mas melhorou bastante o produto final. A versão do diretor resolve vários problemas da versão original. Fica mais coeso.
O filme ainda não é perfeito. Tem momentos lentos e personagens genéricos ainda. Mas é muito mais coeso que antes. Faz mais sentido.
Para os fãs de ficção científica, vale muito a tentativa. Especialmente se você gosta do estilo visual único do Snyder. É cinema espetáculo do jeito que só ele sabe fazer.