Com o preço dos combustíveis nas alturas, escolher o carro certo pode ser diferença entre apertar ou folgar no orçamento familiar. O Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro virou bíblia para quem quer tomar decisão inteligente na hora de comprar veículo novo. Em 2025, ser econômico não é mais luxo, é necessidade básica para sobreviver financeiramente no Brasil.
A lista dos dez modelos mais eficientes mostra algo interessante: todos têm motor 1.0 flex com câmbio manual. Não é coincidência, é física pura. Motores menores consomem menos combustível, e câmbio manual permite controle maior sobre consumo que automático. É matemática simples que pode economizar centenas de reais por mês no orçamento familiar.
Qual é o verdadeiro campeão de economia?
O Renault Kwid surpreende ao liderar consumo urbano com impressionantes 15,3 km/l na cidade usando gasolina. É número que deixa muitos carros mais caros no chinelo. Com etanol, faz 11 km/l urbano, performance respeitável considerando preço mais baixo deste combustível. Na estrada, consegue 15,7 km/l com gasolina, consolidando posição de campeão absoluto em economia.
Mas quem faz muita estrada pode preferir Chevrolet Onix Plus 1.0, que entrega 17,4 km/l na estrada com gasolina. É diferença significativa que compensa para quem roda longas distâncias frequentemente. Na cidade, seus 13,5 km/l ainda são competitivos, oferecendo versatilidade para diferentes perfis de uso.

Por que modelos compactos dominam o ranking?
Chevrolet Onix 1.0, Peugeot 208 1.0 e Fiat Cronos 1.0 ocupam posições de destaque por combinar engenharia eficiente com peso reduzido. O Onix hatch faz 16,5 km/l na estrada e 13,3 km/l na cidade. Peugeot 208 atinge 15,8 km/l rodoviário e 13,3 km/l urbano. Cronos oferece 15,6 km/l na estrada e 13,4 km/l na cidade.
Renault Stepway 1.0 representa opção interessante para quem quer visual aventureiro sem sacrificar economia. Faz 14,7 km/l na estrada e 13,9 km/l na cidade com gasolina. Fiat Argo 1.0 e Mobi completam trio da marca italiana, com consumos de 15,5 km/l e 15 km/l respectivamente na estrada. São opções sólidas que equilibram economia com praticidade.
Como marcas tradicionais se saem na disputa?
Hyundai HB20 1.0 e Volkswagen Polo 1.0 fecham o top 10 representando marcas consolidadas no mercado brasileiro. O HB20 faz 14,6 km/l na estrada e 10,4 km/l na cidade. Polo oferece 15 km/l rodoviário e 10,5 km/l urbano. Números menores que líderes, mas ainda competitivos considerando qualidade e confiabilidade históricas dessas marcas.
É interessante notar que carros mais estabelecidos no mercado têm consumo urbano inferior aos novatos. Pode refletir diferenças de calibração de motor ou estratégias diferentes de desenvolvimento. Para quem prioriza economia pura, modelos mais novos levam vantagem clara.
Que fatores considerar além do consumo?
Escolher carro apenas por consumo pode ser armadilha cara. Renault Kwid, apesar de econômico, pode ter custos de manutenção ou valor de revenda diferentes do Chevrolet Onix. Disponibilidade de peças, rede de concessionárias e histórico de confiabilidade são fatores cruciais que influenciam custo total de propriedade.
Motor 1.0 flex com câmbio manual oferece máxima economia, mas pode não atender necessidades de quem precisa de mais potência ou conforto de câmbio automático. É equação pessoal que cada comprador deve resolver considerando uso real do veículo. Para trajetos urbanos curtos, economia máxima faz sentido. Para viagens frequentes com família, talvez seja melhor investir em motor maior.
A economia de combustível vale o investimento?
O PBEV do Inmetro oferece dados confiáveis que permitem cálculos precisos de economia. Diferença de 2-3 km/l entre modelos pode representar economia mensal de centenas de reais dependendo da quilometragem rodada. Para quem faz 1.000 km mensais, escolher carro que faz 15 km/l em vez de 12 km/l economiza cerca de 20 litros por mês.
Com gasolina custando mais de R$ 5,00 o litro, são mais de R$ 100 mensais de economia, ou R$ 1.200 anuais. Em cinco anos de uso, diferença pode chegar a R$ 6.000, valor que justifica escolha por modelo mais eficiente mesmo custando um pouco mais caro inicialmente. É investimento que se paga sozinho através de economia operacional continuada.