A Nissan está trabalhando numa renovação completa da Frontier que promete agitar o mercado de picapes em 2026. Depois de anos com a mesma receita, a marca japonesa decidiu que era hora de apostar mais pesado e criar algo realmente novo. A nova geração vai trazer mudanças importantes no visual, na tecnologia e até na forma como a picape é construída.
O que mais chama atenção é que a Nissan resolveu fazer uma parceria estratégica com a Mitsubishi para desenvolver essa nova Frontier. Isso significa que ela vai dividir alguns componentes com a nova Triton, mas sem perder sua personalidade própria. É uma jogada esperta para reduzir custos e ainda entregar um produto melhor. A expectativa é que o lançamento aconteça entre abril de 2026 e março de 2027, marcando uma nova era para a picape japonesa.
Como a parceria com a Mitsubishi vai mudar a Frontier?
A nova Frontier vai usar a mesma plataforma da Mitsubishi Triton 2026, mas calma que isso não significa que vai ser uma cópia. A Nissan garante que vai manter o DNA característico da Frontier, evitando o que aconteceu com a Renault Alaskan e a Mercedes-Benz Classe X, que eram praticamente iguais à Frontier atual só com logos diferentes.
A ideia por trás dessa parceria é bem interessante. A Mitsubishi tem bastante experiência no desenvolvimento de picapes robustas, enquanto a Nissan traz sua expertise em tecnologia e design. Juntas, elas conseguem criar um produto melhor gastando menos dinheiro no desenvolvimento. O resultado deve ser uma picape mais competitiva, que consegue brigar de igual para igual com gigantes como Toyota Hilux e Chevrolet S10.
Por que a mudança na suspensão é tão importante?
Uma das mudanças mais significativas da nova Frontier está na suspensão traseira. A Nissan vai trocar o sistema multilink atual pelo tradicional feixe de molas, seguindo o mesmo caminho da Mitsubishi Triton. Pode parecer que é voltar ao passado, mas na verdade é uma decisão bem pensada.
O problema da suspensão atual é que ela não se comporta muito bem quando a caçamba está carregada. O feixe de molas é mais robusto e foi feito especificamente para aguentar peso. Isso significa que a nova Frontier vai ser mais estável e segura para quem realmente usa a picape para trabalhar. A mudança também deve melhorar o comportamento do carro em estradas de terra e situações off-road, que são o forte das picapes.
Onde a nova Frontier será fabricada?
A questão da produção da nova Frontier ainda gera algumas dúvidas. Por um tempo, rolaram rumores de que a fábrica da Argentina fecharia em dezembro de 2025, mas as informações mais recentes indicam que a produção pode continuar até março de 2026. Isso daria tempo para fazer a transição para a nova geração.
A Nissan está investindo na modernização da fábrica argentina para conseguir produzir a nova Frontier com todos os padrões de qualidade exigidos. O modelo será fabricado não só para o mercado argentino, mas para toda a América Latina, incluindo o Brasil. Essa estratégia de produção regional ajuda a manter os preços competitivos e garante um abastecimento mais rápido do mercado.
Que tecnologias a nova Frontier vai trazer?
A nova Frontier vai chegar com um pacote tecnológico bem mais robusto que a geração atual. O destaque fica por conta da central multimídia de última geração, que deve seguir a mesma linha visual já vista na segunda geração do Nissan Kicks. As famosas linhas horizontais em LED também devem aparecer no design da picape.
Os sistemas de assistência ao motorista serão outro ponto forte. A Nissan promete recursos avançados de segurança e até funções de condução semiautônoma, colocando a Frontier no mesmo patamar tecnológico das concorrentes mais modernas. Isso inclui controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência na faixa e frenagem automática de emergência.
Qual motor vai equipar a nova Frontier?

Embora a Nissan ainda não tenha confirmado oficialmente, tudo indica que a nova Frontier vai usar uma versão atualizada do motor 2.4 biturbo diesel da Mitsubishi. Esse propulsor já entrega 205 cv na nova Triton e usa dois turbocompressores que trabalham de forma sequencial para garantir boa resposta em qualquer rotação.
O motor da Frontier pode receber alguns ajustes específicos da Nissan para se diferenciar da Triton, mas a base técnica deve ser a mesma. É um motor moderno, que já está preparado para as futuras regras de emissões do Proconve L8. O câmbio também deve ser automático de seis marchas, priorizando o conforto e a facilidade de uso no dia a dia.
Quando a eletrificação chegará à Frontier?
Por enquanto, a nova Frontier 2026 vai continuar apenas com motorização diesel. A eletrificação está nos planos da Nissan, mas só deve chegar numa próxima atualização ou numa geração futura. A marca está estudando a possibilidade de oferecer uma versão híbrida plug-in, seguindo a tendência mundial de reduzir emissões.
A estratégia da Nissan é primeiro estabelecer a nova geração no mercado com tecnologia confiável e depois introduzir as versões eletrificadas conforme a infraestrutura e a demanda permitirem. É uma abordagem gradual e inteligente, que não força uma transição que o mercado de picapes ainda não está totalmente preparado para aceitar. O foco agora é entregar uma picape robusta, tecnológica e competitiva que reconquiste a confiança dos consumidores.