O salário mínimo de 2025 foi reajustado para R$ 1.518,00, um aumento de 7,5% em relação ao valor anterior de R$ 1.412,00. Esse reajuste foi baseado na inflação medida pelo INPC e incluiu um ganho real de até 2,5%.
Além disso, o novo teto das aposentadorias e pensões também foi atualizado, chegando a R$ 8.157,41. O salário mínimo serve como referência para milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores, aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS.
A seguir, confira os detalhes sobre o cálculo do reajuste, impactos na economia e quem tem direito ao novo valor.
Como é calculado o reajuste do salário mínimo
O reajuste do salário mínimo federal segue uma fórmula que leva em conta dois principais fatores
- Inflação – O governo utiliza o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para evitar perdas no poder de compra
- Crescimento do PIB – O aumento real do salário mínimo considera o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores ao reajuste
Para 2025, o PIB de 2023 foi de 3,2%, mas o aumento real do salário mínimo foi limitado a 2,5% devido às regras do novo arcabouço fiscal. Isso significa que, mesmo com um crescimento econômico maior, o reajuste do mínimo tem um teto para evitar impactos no orçamento do governo.
A nova regra de cálculo permanecerá em vigor até 2030, garantindo uma política de valorização progressiva do salário mínimo.

Quando o novo salário mínimo começou a valer
O novo valor de R$ 1.518,00 foi oficializado pelo Decreto nº 12.342, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 30 de dezembro de 2024.
O reajuste entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025, garantindo um aumento de R$ 106,00 para milhões de brasileiros.
Esse é o terceiro aumento do salário mínimo no atual mandato do presidente Lula. Veja a evolução desde 2023
- Janeiro de 2023 – R$ 1.302,00
- Maio de 2023 – R$ 1.320,00
- Janeiro de 2024 – R$ 1.412,00
- Janeiro de 2025 – R$ 1.518,00
Segundo o governo, desde o início do atual mandato, o salário mínimo teve um aumento acumulado de 16,5%.
O salário mínimo pode variar entre os estados
Embora o salário mínimo federal seja o valor-base para todo o país, alguns estados têm pisos salariais próprios, geralmente acima do valor determinado pelo governo federal.
A Lei Complementar nº 103, de 2000, permite que os estados fixem um piso salarial maior para categorias específicas que não possuem acordos coletivos de trabalho.
Veja alguns exemplos de salários mínimos estaduais
- São Paulo – R$ 1.640,00
- Paraná – R$ 1.856,00
- Rio de Janeiro – R$ 1.808,00
Vale lembrar que, caso um trabalhador esteja em um estado que possui um piso salarial maior, o empregador deve respeitar o valor local e não o mínimo federal.

Como o novo salário mínimo afeta aposentadorias e pensões
Com o aumento do salário mínimo, os valores pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também foram reajustados.
O novo teto da Previdência Social passou para R$ 8.157,41, e as contribuições seguem uma tabela progressiva. Veja os descontos do INSS para quem ganha um salário mínimo
- Alíquota de 7,5% para quem recebe até R$ 1.518,00
- Cálculo do desconto – R$ 1.518,00 x 7,5% = R$ 113,85
- Valor líquido a receber – R$ 1.404,15
Além disso, o reajuste também afeta benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o seguro-desemprego, que seguem o valor do salário mínimo.
Quem recebe um salário mínimo pode continuar no Bolsa Família
O Bolsa Família é destinado a famílias com renda per capita de até R$ 218 mensais. Isso significa que um trabalhador que recebe um salário mínimo ainda pode ter direito ao benefício, desde que a renda total da família seja compatível com as regras do programa.
Além disso, existe a regra de proteção para quem consegue um emprego formal, mas continua dentro do critério de renda. Nesse caso, o beneficiário pode continuar recebendo 50% do valor do Bolsa Família por até dois anos.
Isso garante que as famílias tenham uma transição financeira mais segura, sem perder imediatamente o suporte do programa social.
O reajuste do salário mínimo de 2025 é mais um passo na valorização da renda dos brasileiros, afetando milhões de trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais. Fique atento às mudanças e aos seus direitos para garantir o recebimento correto do novo valor.