Quase dois anos depois de chegar ao Brasil, o BYD Dolphin ainda faz sucesso. São mais de 25 mil carros rodando pelas ruas brasileiras, mesmo com a concorrência do Dolphin Mini e outros modelos da própria BYD. O hatch elétrico mantém sua fórmula vencedora: combina tecnologia moderna com um preço que não quebra o orçamento de quem quer entrar no mundo elétrico.
Por que o Dolphin ainda vale a pena em 2025?
Desde a versão básica, o Dolphin impressiona com itens que muitos carros a combustão nem sonham em ter. São seis airbags de série, câmera 360 graus para facilitar as manobras e faróis full LED que iluminam muito bem a noite. O acabamento capricha nos detalhes, com materiais que imitam couro e dão um ar premium ao interior.
O porta-malas de 345 litros é outro ponto positivo. É maior que rivais tradicionais como Polo e HB20, o que faz diferença na hora de carregar as compras ou bagagens. A versão Plus ainda vem com teto solar panorâmico e assistentes que tornam a direção mais segura, como frenagem automática e controle de velocidade inteligente.
Como é a performance do carro no dia a dia?
Aqui o Dolphin mostra que elétrico pode ser divertido. A versão Plus entrega 204 cv e acelera de 0 a 100 km/h em apenas 7 segundos, números de carro esportivo. Já a versão GS, mais básica, tem 95 cv com torque instantâneo de 18,3 kgfm, que garante arrancadas ágeis no trânsito urbano.
O grande barato dos carros elétricos é esse torque que chega na hora. Não precisa esperar o motor “pegar giro” como nos carros convencionais. É pisar no acelerador e sair voando. Com um carregador doméstico instalado, o custo por quilômetro fica muito baixo, compensando o investimento inicial.
Quais são os pontos fracos do BYD Dolphin?
Como todo carro, o Dolphin tem seus defeitos. A suspensão é meio firme demais, transmitindo solavancos e imperfeições do asfalto para dentro do carro. Em ruas esburacadas, os passageiros sentem mais os buracos do que gostariam.
Outro ponto é a concorrência interna da própria BYD. Modelos como o Yuan Pro oferecem propostas parecidas, o que pode confundir na hora da escolha. A central multimídia também tem relatos de falhas esporádicas, e a garantia de apenas 3 anos para ela preocupa alguns compradores, mesmo com a garantia geral de 6 anos do carro.
Quanto custa manter um Dolphin?
As cinco primeiras revisões custam em torno de R$ 3.980, valor competitivo mas ainda superior a alguns hatches tradicionais. Por outro lado, as revisões acontecem a cada 20 mil quilômetros, quase o dobro do intervalo dos carros a combustão, o que compensa na frequência.
O custo por quilômetro rodado é onde o elétrico brilha. Com energia elétrica custando menos que combustível, especialmente com carregamento doméstico, a economia mensal pode ser significativa para quem roda bastante.
O Dolphin ainda é uma boa compra?

Sim, o BYD Dolphin continua sendo uma das melhores opções para quem quer um hatch elétrico completo. O visual moderno agrada, a tecnologia embarcada funciona bem e o desempenho surpreende. Para uso urbano com pitadas de sustentabilidade, ele atende perfeitamente.
Mas vale pesquisar antes de decidir. Comparar com outros modelos da própria BYD e pensar no tipo de uso que você fará pode ajudar a encontrar a melhor opção. O importante é que já existem alternativas elétricas viáveis para diferentes perfis e bolsos.
Como a BYD conquistou o mercado brasileiro?
A história da BYD no Brasil começou em 2015, mas focada em ônibus elétricos em Campinas. Só em 2021 a marca chinesa resolveu apostar pesado nos carros de passeio. A estratégia deu certo: em 2024, a BYD conquistou 71,2% do mercado brasileiro de carros elétricos, com 43.726 unidades vendidas.
O segredo está na combinação de preço competitivo com tecnologia de ponta. Comparada à Tesla, a BYD é conhecida por oferecer carros mais acessíveis, com seu modelo básico vendido na China por pouco mais de US$ 10 mil. A empresa investiu pesado em pesquisa e desenvolvimento, acumulando mais de 40 mil patentes solicitadas. Com a fábrica em Camaçari entrando em operação, a tendência é que os preços fiquem ainda mais atrativos, consolidando a liderança da marca no mercado brasileiro de elétricos.