Nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais comum o uso de ligações telefônicas para aplicar golpes financeiros. Os golpistas se passam por representantes de bancos, informando sobre supostas transações de alto valor que precisam de confirmação. Essa prática tem sido um desafio crescente para os consumidores brasileiros, que muitas vezes acabam fornecendo informações pessoais e financeiras aos criminosos.
Os golpistas não se limitam a ligações; eles também utilizam mensagens de SMS, e-mails e até WhatsApp para enganar as vítimas. O objetivo é sempre o mesmo: obter dados pessoais e financeiros para realizar transações bancárias fraudulentas. As quantias envolvidas costumam ser significativas, pegando de surpresa os usuários dos bancos.
Como os golpistas obtêm os contatos das vítimas?
Os golpistas geralmente conseguem os contatos das vítimas através de vazamentos de dados ou quando um telefone é roubado, dando acesso à lista de contatos. Outra forma comum é através das redes sociais, onde muitas pessoas, sem perceber, deixam informações pessoais disponíveis publicamente. Especialistas alertam que muitos usuários ainda mantêm seus números de telefone visíveis em perfis de redes sociais, facilitando o trabalho dos criminosos.

Como proteger-se de golpes telefônicos?
A principal recomendação para se proteger desses golpes é manter uma postura de desconfiança em relação a contatos não solicitados. Ao receber uma ligação suspeita, a orientação é desligar e entrar em contato diretamente com o banco através dos canais oficiais. Essa abordagem proativa pode evitar que a vítima forneça informações sensíveis aos golpistas.
- Desconfie de ligações que solicitam confirmação de transações.
- Não forneça dados pessoais ou financeiros por telefone.
- Verifique a autenticidade da ligação através dos canais oficiais do banco.
O que fazer se cair em um golpe?
Se uma pessoa perceber que foi vítima de um golpe após realizar uma transação, é crucial agir rapidamente. Deve-se entrar em contato com o banco imediatamente para relatar a fraude e tentar reverter a transação. No caso de transferências via Pix, o Banco Central oferece o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que permite solicitar a devolução do dinheiro em até 80 dias após a transação.
- Contate o banco imediatamente para relatar a fraude.
- Utilize o Mecanismo Especial de Devolução para transações via Pix.
- Registre um boletim de ocorrência se não conseguir contato com o banco.
Como identificar um contato legítimo do banco?
Os bancos têm adotado medidas para ajudar os clientes a identificar contatos legítimos. Por exemplo, o Nubank oferece a funcionalidade “Chamada Verificada“, que permite aos clientes confirmar a autenticidade de uma ligação através do aplicativo. Já o Itaú utiliza apenas canais oficiais para alertar sobre transações suspeitas, e o Bradesco conta com a BIA, sua inteligência artificial, para alertar sobre possíveis golpes.
Os clientes devem estar atentos às diretrizes de segurança de seus bancos e nunca fornecer informações pessoais ou financeiras sem verificar a autenticidade do contato. Manter-se informado sobre as práticas de segurança dos bancos pode ser uma ferramenta poderosa na prevenção de fraudes.