Na noite de 22 de abril de 2025, um tremor de magnitude 2,5 foi registrado em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Este evento, embora de baixa magnitude, chamou a atenção dos moradores locais e foi captado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). Apesar do susto, não houve relatos de danos materiais ou feridos, conforme informado pela Defesa Civil de Betim.
Minas Gerais: uma região comum a abalos sísmicos
Este não foi um evento isolado, pois Minas Gerais é conhecido por registrar um número significativo de abalos sísmicos no Brasil. Pequenos tremores, como o ocorrido em Betim, são comuns na região, segundo especialistas da RSBR. Esses eventos, embora geralmente inofensivos, despertam a curiosidade sobre como os terremotos são medidos e o que significam suas magnitudes.
Como é medida a magnitude de um terremoto?
A magnitude de um terremoto é uma medida do tamanho relativo do sismo e é determinada pela Escala Richter, desenvolvida por Charles Richter em 1935. Esta escala é logarítmica, o que significa que cada aumento de um grau representa um aumento de dez vezes na amplitude das vibrações. Por exemplo, um terremoto de magnitude 6 tem vibrações dez vezes menores que um de magnitude 7.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a escala não possui um limite máximo e pode medir desde tremores mínimos, que podem até ser expressos em números negativos, até grandes terremotos. Essa amplitude de medição permite uma análise detalhada dos impactos potenciais de cada evento sísmico.
Quais são os efeitos dos diferentes graus de magnitude?

A Michigan Technological University descreve os efeitos dos terremotos conforme a magnitude:
- Até 2.5: Geralmente não é sentido, mas é registrado pelos sismógrafos.
- De 2.5 até 5.4: Normalmente são sentidos, mas causam apenas pequenos danos.
- De 5.5 até 6.0: Podem causar pequenos danos em edifícios e outras estruturas.
- De 6.1 até 6.9: Podem causar muitos danos em áreas densamente povoadas.
- De 7.0 até 7.9: Considerado um grande terremoto, causando sérios danos.
- A partir de 8.0: Pode destruir totalmente comunidades próximas ao epicentro.
Por que Minas Gerais registra tantos tremores?
Minas Gerais se destaca no cenário nacional pelo número de abalos sísmicos registrados. A geologia da região, com suas falhas e estruturas geológicas complexas, contribui para a ocorrência desses eventos. Embora a maioria dos tremores seja de baixa magnitude, a constante atividade sísmica é monitorada de perto por instituições como a RSBR e o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).
O monitoramento contínuo e o estudo desses fenômenos são essenciais para entender melhor a dinâmica geológica da região e para preparar a população para eventuais tremores de maior magnitude. A conscientização e a educação sobre os riscos sísmicos são fundamentais para mitigar os impactos de futuros eventos.
A importância do monitoramento sísmico
O monitoramento sísmico desempenha um papel crucial na segurança pública e na mitigação de riscos. As redes sismográficas, como a RSBR, fornecem dados valiosos que ajudam a prever e entender os padrões de atividade sísmica. Essas informações são fundamentais para a elaboração de políticas de segurança e para a implementação de medidas preventivas em áreas suscetíveis a tremores.
Além disso, a colaboração entre instituições científicas e governamentais é vital para garantir uma resposta eficaz a qualquer evento sísmico significativo. A preparação e a resiliência das comunidades dependem de um entendimento claro dos riscos e da implementação de estratégias de mitigação adequadas.