O rompimento da barragem de contenção de água no Parque Lagoa do Nado, localizado no bairro Itapoã em Belo Horizonte, surpreendeu a comunidade local na tarde de 13 de novembro de 2024. Este incidente, causado principalmente pelas chuvas intensas que atingiram a região, desencadeou um impacto significativo, levando a um cenário de alagamentos e mobilização de órgãos de emergência para controle e recuperação da área. Abaixo, exploramos em detalhes as causas, o impacto no ecossistema do parque e as ações preventivas adotadas pelas autoridades.
Causas do Rompimento da Barragem
Segundo a Defesa Civil, a região de Belo Horizonte experimentou um volume excepcional de chuva em um curto intervalo de tempo. Em apenas duas horas, a precipitação chegou a 74,4 milímetros, correspondendo a 31,5% da média mensal de novembro. Esse volume repentino de água sobrecarregou a barragem, que acabou cedendo. Em análises anteriores, realizadas em outubro de 2024, a estrutura da barragem havia sido considerada estável e segura, sem indícios de fragilidade ou risco de colapso. Contudo, o acúmulo abrupto de água foi além da capacidade de contenção, levando ao rompimento da estrutura, que liberou grandes volumes de água e detritos pela área circundante.
Impacto Ambiental e na Comunidade
Com o rompimento, as águas da barragem se espalharam pelo parque e chegaram à Avenida Pedro I, que precisou ser interditada em ambos os sentidos devido ao risco de alagamento. Esse evento teve um efeito imediato na fauna e flora do parque, e equipes de resgate atuaram rapidamente na retirada de animais presos na lama, incluindo peixes e um cágado, que foram realocados para áreas seguras até que o local estivesse sob controle novamente. Além disso, as autoridades têm trabalhado para garantir a preservação do ecossistema local, priorizando o resgate e a proteção dos animais aquáticos afetados.
Medidas de Contenção e Futuras Precauções
Logo após o ocorrido, a Prefeitura de Belo Horizonte iniciou uma inspeção minuciosa para entender a extensão dos danos e as causas exatas do rompimento. Uma consultoria especializada foi contratada para investigar o evento e propor soluções para evitar incidentes semelhantes no futuro. Em paralelo, a Defesa Civil emitiu alertas de deslizamentos e alagamentos para outras áreas da cidade, com recomendações para que a população esteja atenta a sinais de erosão e possíveis deslizamentos devido à previsão de mais chuvas intensas nos próximos dias.
Além das medidas de curto prazo, como a realocação da fauna e a inspeção estrutural detalhada, a prefeitura planeja um projeto de reconstrução da barragem, cujo cronograma ainda está em fase de definição. A recuperação plena do parque e a reabertura ao público dependerão do avanço dessas obras, que visam restabelecer a segurança e a funcionalidade da área.
O rompimento da barragem do Parque Lagoa do Nado evidencia a importância de monitoramento contínuo e de medidas preventivas adequadas para lidar com eventos climáticos extremos. Esse episódio serve como alerta para a necessidade de infraestruturas mais resilientes às mudanças climáticas, especialmente em regiões sujeitas a fortes chuvas. As autoridades de Belo Horizonte já estão mobilizadas para mitigar os impactos ambientais e estruturar um plano de recuperação adequado para o parque, buscando garantir a segurança dos visitantes e preservar o patrimônio natural da região.
Para acompanhar o andamento das inspeções e das obras de recuperação, é recomendado que moradores e frequentadores fiquem atentos aos comunicados da prefeitura e da Defesa Civil, que estão em constante monitoramento da área.