O turismo é, sem dúvida, uma das atividades econômicas mais importantes para Minas Gerais. Somente em 2020, o setor contribuiu com 3,36% do Valor Adicionado Bruto (VAB) do estado.

Embora esse número possa parecer pouco, ele representou uma injeção de mais de R$ 20 bilhões na economia local.

Somando todos os seus diferentes ramos, o setor de turismo oferece empregos de qualidade para mais de 200.000 mineiros e representa uma parte de todos os serviços.

No entanto, assim como todo o turismo nacional e internacional, a pandemia foi um duro golpe para Minas Gerais, registrando uma queda de quase um terço. Hoje vamos explorar um pouco mais a importância do turismo no setor com a chegada de um fator decisivo: novas rotas aéreas pelas mãos de empresas como a Decolar.

Novas rotas aéreas

Desde o ano passado, a força do turismo em Minas Gerais começou a se recuperar, com um crescimento de 17,6% em relação ao ano anterior. Ainda em fase de recuperação, o turismo em Minas Gerais recebeu um importante impulso no mês passado com o surgimento de novas rotas que ligarão o Vale do Jequitinhonha e o Norte do Estado.

A primeira rota, que estará operacional até o final do ano, ligará o aeroporto de Belo Horizonte, em Confins, a Salinas, no norte de Minas Gerais. Outra rota será adicionada logo em seguida, planejada para ser inaugurada no primeiro semestre de 2024, ligando Araçuaí, também no norte de Minas Gerais, à capital mineira.

Os benefícios produtivos das novas rotas aéreas

Não podemos deixar de mencionar que, além de seus benefícios turísticos, isso também promove a produção. Isso ocorre porque essas duas cidades fazem parte do chamado Vale do Lítio, uma região que possui uma grande quantidade do material de mesmo nome. Como você já deve ter ouvido falar, o lítio é um dos materiais mais importantes do momento, e se espera que em um futuro próximo ele só cresça.

Isso ocorre porque o lítio é essencial para a criação de baterias. Além de serem úteis em todos os tipos de dispositivos eletrônicos, como celulares, smartwatches e fones de ouvido, elas desempenharão um papel fundamental nas tecnologias renováveis.

Novos voos facilitarão o acesso dos funcionários das empresas que já operam no Vale do Lítio, na região do Vale do Jequitinhonha

Jaime Dantas/ Unsplash

Seja energia solar, hídrica ou eólica, todas as fontes de energia renovável precisam armazenar sua energia em baterias. Nos últimos anos, as baterias tiveram um enorme progresso e, com o crescimento dessas tecnologias, a necessidade delas também aumentará.

Portanto, os novos voos facilitarão o acesso dos funcionários das empresas que já operam no Lithium Valley. Mas também tornará a área mais atraente para possíveis investidores que queiram estabelecer empresas, fábricas de componentes ou centros de pesquisa em Minas. A importância fundamental desse material representa uma oportunidade única de crescimento sustentado no futuro, e as linhas aéreas são apenas o primeiro passo.

Com investimentos públicos e privados, a região se tornará ainda mais conectada, abrindo as portas para visitantes do mundo todo que queiram fazer negócios e gerar empregos. Tudo isso e, ao mesmo tempo, trazendo dinheiro para aperfeiçoar ainda mais a infraestrutura que permitirá que os turistas comuns conheçam suas inestimáveis riquezas naturais e culturais.

Como pudemos ver, a abertura de novas rotas aéreas por empresas como a Decolar é um passo importante na direção de seu desenvolvimento econômico e turístico. Esses voos, sem dúvida, facilitarão o acesso a oportunidades de negócios e, ao mesmo tempo, gerarão empregos e promoverão o turismo, tornando a região mais confortável e atraente.

Os benefícios ambientais das novas companhias aéreas

Mas isso não é tudo. Além dos benefícios econômicos e turísticos, os novos voos para o Vale do Jequitinhonha e o Norte de Minas também podem ter um impacto positivo no meio ambiente.

Embora isso possa parecer contra intuitivo, mais voos poderiam facilitar o acesso às áreas rurais da região, o que, por sua vez, abre a possibilidade de promover o desenvolvimento sustentável nessas áreas, aumentando sua densidade populacional.

Em termos mais simples, eles poderiam conectar mais a região com o resto do Brasil, o que a tornaria um lugar mais atraente para que mais pessoas vivessem na área ao mesmo tempo.

Por exemplo, os voos poderiam facilitar o transporte de produtos agrícolas e pecuários, o que poderia reduzir a necessidade de os agricultores e pecuaristas usarem veículos motorizados para transportar seus produtos.

Isso também está associado à criação de um acesso mais fácil aos serviços públicos, como educação e saúde, o que poderia melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem em áreas rurais.

Além de tudo isso, o desenvolvimento do setor de lítio poderia trazer uma fonte local e barata dessa matéria-prima. Se isso for adicionado à produção local de baterias, representará uma grande vantagem no uso de tecnologias verdes e renováveis.

Uma grande parte do custo dessas tecnologias, sejam elas industriais ou privadas, está na bateria. Ao reduzir os custos de importação, a introdução de tecnologias mais amigáveis ao meio ambiente é incentivada e promovida.

Projeções futuras para a renovação da indústria

As companhias aéreas estão constantemente buscando melhores maneiras de otimizar seus recursos e cuidar do meio ambiente, sem piorar a qualidade dos serviços que oferecem e sem prejudicar o conforto de seus passageiros. É por isso que elas estão começando a usar a inteligência artificial para dispor melhor de seus recursos.

Além disso, há novos meios de combinar passageiros que permitem que eles economizem dinheiro fazendo transbordos e que as companhias aéreas tenham maior ocupação de sua disponibilidade. Dessa forma, os recursos são usados de forma muito mais eficiente.

Também estão sendo desenvolvidas novas tecnologias de turbinas mais compactas que consomem muito menos combustível e têm maior potência. Isso permite que aeronaves com fuselagens maiores usem turbinas menores e, portanto, reduzam o peso, o que também significa custos menores de combustível.

Portanto, o futuro desse setor promete muitas mudanças significativas por vir. Até 2030, já se projeta reduzir ao mínimo o número de voos fantasmas e aumentar a otimização de recursos em até 50%.

Esse é um grande passo para transformar Minas em um centro de produção, desenvolvimento e uso de tecnologias verdes, um verdadeiro modelo energético para o resto do país e para o mundo.

Em suma, não deve haver dúvidas de que os novos voos para o Vale do Jequitinhonha e o Norte de Minas podem ser uma das primeiras peças de dominó a ajudar a causar um impacto positivo na economia, no turismo e no meio ambiente da região. Se tudo funcionar bem, não só a região será beneficiada, mas o país inteiro. Mas, para isso, os voos são apenas mais um passo no caminho.

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