Stark Bank aposta no mercado cripto e preenche lacuna deixada por bancos
Enquanto bancos tradicionais hesitam em atender empresas focadas em ativos digitais, o Stark Bank amplia suas soluções para fintechs e startups de blockchain
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Siga noFundado em 2018, o Stark Bank busca consolidar sua atuação no setor de criptomoedas no Brasil, explorando um nicho ainda pouco explorado pelas instituições financeiras convencionais. A empresa investe em soluções voltadas para negócios que operam com ativos digitais, oferecendo serviços que atendem desde fintechs a startups de blockchain.
O momento é oportuno. A adoção de criptomoedas no Brasil cresce de forma acelerada. Dados da Receita Federal indicam que, em 2022, mais de R$ 200 bilhões foram declarados em transações envolvendo criptoativos. O aumento na busca por plataformas seguras reflete a necessidade de novas soluções financeiras, principalmente diante das regulamentações mais rígidas do setor.
Com a crescente regulação, muitos investidores buscam corretoras sem KYC (Know Your Customer) para evitar burocracias e manter a privacidade nas transações. Esse movimento gera novas demandas que empresas especializadas podem explorar para expandir sua presença no mercado brasileiro.
Atuação do Stark Bank cresce no mercado financeiro brasileiro
O Stark Bank já levantou um aporte de US$ 45 milhões em uma rodada Série B, com participação de grandes investidores do setor. Atualmente, fornece serviços de pagamentos e gestão financeira para cerca de 800 clientes, incluindo 52 empresas diretamente ligadas ao mercado de criptomoedas e blockchain.
Entre as soluções oferecidas estão automação de pagamentos e emissão de cartões corporativos, o que proporciona mais agilidade e eficiência na rotina financeira de empresas que lidam com moedas digitais. O avanço da tecnologia de pagamentos instantâneos, como o Pix, tem impulsionado a digitalização do setor financeiro, um movimento que o Stark Bank aproveita para consolidar sua infraestrutura bancária voltada ao segmento cripto.
Em 2023, a instituição processou aproximadamente R$ 155 bilhões em pagamentos, um crescimento três vezes maior do que no ano anterior. O lucro líquido superou R$ 71 milhões, demonstrando a viabilidade do modelo de negócios que, até pouco tempo atrás, era visto como arriscado pelos bancos tradicionais. A crescente demanda por serviços flexíveis e personalizados coincide com a expansão das criptomoedas no Brasil e no mundo.
Esses números demonstram a viabilidade de um modelo de negócios que, há pouco tempo, parecia arriscado para a maior parte dos bancos tradicionais. O aumento da demanda por serviços mais flexíveis e customizados coincide com a expansão de soluções cripto, apoiada também pelos sinais de interesse no setor, vistos em todo o mundo.
Ativos digitais ganham destaque ao redor do mundo
O interesse global por ativos digitais continua a crescer. Figuras como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já manifestaram simpatia pelo setor, impulsionando a adoção dessas tecnologias. Antecipando essa tendência, o Stark Bank investe em estratégias de marketing baseadas na recomendação de clientes do próprio ecossistema, fortalecendo sua rede de parcerias.
Além disso, a Stark Infra, unidade de tecnologia do grupo, desenvolve e comercializa soluções para outras instituições financeiras interessadas em incorporar blockchain em suas operações. Isso posiciona o Stark Bank não apenas como um prestador de serviços financeiros, mas também como um fornecedor de infraestrutura para o setor.
Observadores do mercado, apontam que o crescimento de fintechs e de plataformas cripto no Brasil atrai cada vez mais capital estrangeiro, favorecendo a adoção de sistemas bancários inovadores. Esse acontecimento reforça como a modernização financeira no país pode se beneficiar de iniciativas capazes de abraçar a disrupção provocada pelas criptomoedas, ao mesmo tempo, em que supre a carência de serviços bancários específicos para empresas desse segmento.