“Tenho acompanhado com grande interesse a polêmica que envolve a Filarmônica de Minas Gerais. Lembrei-me de quando da execução de um concerto em que tocaram uma adaptação popularesca de Mozart e uma senhora da plateia, muito irritada com aquilo, gritou: ‘Não mexam no meu Mozart!’. Hoje, nós frequentadores da Sala Minas Gerais gritamos com todo o vigor: ‘Não mexam na nossa Filarmônica!’. Os concertos são um antídoto para a poluição sonora que reina em Belo Horizonte, particularmente onde os botecos têm licença para músicas ao vivo de péssima qualidade, que somos obrigados a ouvir, sem tê-las pedido. Tenho para mim que nossa capital é privilegiada com um dos melhores programas para acalentar a alma a baixo custo: ser assinante da Filarmônica. Faltou sensibilidade ao governador Zema, a quem admiro, e espero e torço para que a decisão seja revertida.”

Kleber Pereira Gonçalves
Belo Horizonte

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