"Busco lá minha infância algumas atitudes de menino arteiro, para comparar com o que aconteceu na tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023. Lembro-me da meninada que se reunia ao anoitecer para brincar na rua e fazer também algumas travessuras. Na turma tinha um quase adolescente chamado por todos de 'Jair travesso'. Era um espertalhão. Ele reunia o grupo e determinava as 'artes' que seriam praticadas. Eis algumas: tocar campainha nas residências, jogar pedras nos telhados, esvaziar pneus de carros, gritar bem alto pedindo socorro e outras coisas. 'Jair travesso' atiçava e ficava escondido observando o que acontecia. A meninada cometia a traquinagem e saía correndo. Eis que um dia o proprietário de um caminhão resolveu esperar, deitado na cabine, pela ação dos arteiros. Não deu outra. Ele conseguiu identificar alguns garotos, foi à casa de cada um e contou aos pais o que acontecia. Todos receberam castigos e abriram o bico, contando que eram induzidos por 'Jair travesso' a fazer aquelas coisas erradas. Espero que os envolvidos na trama golpista, que já estão prestando esclarecimentos, façam como os meninos que 'entregaram' 'Jair travesso', contando para Brasil, de que cabeça saiu a ideia de exterminar a nossa democracia. Abram a boca."
Jeovah Ferreira
Taquari – DF