O presidente Lula (PT) decretou luto oficial de três dias em homenagem a Mario Jorge Lobo Zagallo, tetracampeão do mundo com a Seleção Brasileira. O ícone do futebol morreu no final da noite de sexta-feira (5), aos 92 anos. Ele estava internado no hospital Barra D'Or desde 26 de dezembro. Segundo a unidade médica, Zagallo morreu por falência múltipla de órgãos.


"Em memória do eterno Mário Jorge Lobo Zagallo, está decretado luto oficial de três dias no país", escreveu Lula nas redes sociais. Mais cedo, o mandatário já havia publicado um texto em homenagem ao ex-técnico de futebol. "Corajoso, dedicado, apaixonado e supersticioso, Zagallo era exemplo de brasileiro que não desistia nunca. É essa lição e espírito de carinho, amor, dedicação e superação que ele deixa para todo o nosso país e para o futebol mundial", afirmou.


Zagallo será velado hoje (7) na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O velório começa às 9h30 e será aberto ao público.


O ex-atleta conquistou quatro vezes a principal competição mundial de futebol entre seleções, disputada desde 1930: duas como jogador (Suécia-1958 e Chile-1962), uma como treinador (México-1970) e uma como auxiliar técnico (EUA-1994).


Além dele, somente o alemão Franz Beckenbauer (Alemanha-1974 e Itália-1990) e o francês Didier Deschamps (França-1998 e Rússia-2018) ganharam a Copa como jogador e técnico.


O jogador Zagallo vestiu 37 vezes a camisa da Seleção Brasileira (com 30 vitórias, quatro empates e três derrotas) e marcou quatro gols. Como técnico do Brasil, foram 154 partidas (110 vitórias, 33 empates, 11 derrotas e a famosa frase "Vocês vão ter que me engolir!"). Os dados são da Federação Internacional de Futebol (Fifa).


Nos clubes, em 35 anos de carreira, dirigiu, entre outros, Botafogo, Vasco, Fluminense e Portuguesa. Encerrou a trajetória de treinador em 2001, no Flamengo.


Zagallo nasceu em Maceió (AL), só que logo a família se mudou para o Rio de Janeiro, onde foi criado. Seu primeiro clube foi o America-RJ, do qual era sócio. Defendeu a cor vermelha da agremiação nas equipes de base de futebol e de tênis de mesa, modalidade em que tinha habilidade acima da média. (Matheus Teixeira/FolhaPress) 

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